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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Em Diálogos com Médicos, Flávio defende carreira de estado para categoria e melhoria na infraestrutura


Em Diálogos com Médicos, Flávio defende carreira de estado para categoria e melhoria na infraestrutura
O coordenador do Diálogos pelo Maranhão e pré-candidato a governo do Estado, Flávio Dino (PCdoB), esteve reunido com médicos de todo o Maranhão nesta quarta-feira (11). Ao lado de Roberto Rocha (PSB), pré-candidato ao Senado, ele recebeu contribuições para o Programa de Governo, pode ouvir o diagnóstico da saúde no estado, as dificuldades encontradas na infraestrutura das unidades e assumiu o compromisso de incentivar a formação de novos profissionais, investir na qualificação e estrutura de hospitais para refletir no atendimento de qualidade aos maranhenses.
“Nós temos um conjunto de propostas capazes de alterar essa realidade, envolvendo o cumprimento das leis que regem o Sistema Único de Saúde. Além disso, incentivar a formação de novos profissionais, mediante apoio às faculdades, um programa de residência médica que seja efetivo e também a estruturação da carreira de estado dos médicos, assim como o Conselho Federal de Medicina reivindica. Esse é o caminho para que nós possamos ter motivação e valorização dos médicos, resultando daí o atendimento à altura daquilo que os maranhenses merecem e necessitam”, disse Flávio Dino.
Roberto Rocha lembrou que durante o Movimento Diálogos pelo Maranhão, que tem discutido com a população formas de desenvolver o estado, um dos problemas apresentados de forma recorrente é o da saúde. “O Maranhão precisa retomar a construção de hospitais regionalizados, como fez Jackson Lago, com a construção em Presidente Dutra, que atendia aquela região do Centro do Maranhão. Além disso, firmar parceria com os municípios para que possam desenvolver a atenção básica com qualidade. Nossa causa é trabalhar pelo Maranhão, dar à população um estado melhor”, disse.
Durante a reunião, os médicos apresentaram o diagnóstico da situação de abandono da rede de saúde no Maranhão e reforçaram que a falta de estrutura é fator que desestimula os bons profissionais.
Para Marcos Pacheco, superintendente de Educação da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de São Luís, uma das principais prioridades para melhorar o atendimento à população é o incentivo à formação de novos médicos. A opinião deriva de dados do Conselho Federal do Maranhão (CFM), que apontam que o Maranhão é o estado com a menor proporção entre médicos e habitantes.
“Nós somos hoje seis milhões de habitantes para pouco mais de cinco mil médicos em atividade. Isso por si só já mostra uma fragilidade muito grande do sistema. Nós precisamos aumentar o número de médicos e mais do que isso, interiorizar esses médicos. O grande problema hoje é que esses médicos que existem os cinco mil, uma boa parte está na capital do estado”, apontou. Para ele, a interiorização é a garantia de uma carreira que gratifique bem os profissionais para que possam associar isso ao compromisso de cuidar bem da população do Maranhão.
Prefeito de Tuntum e médico, Cleomar Tema, falou da necessidade de traçar uma política de saúde para o estado. A solução sugerida por ele é a descentralização da rede de urgência e emergência no Maranhão. “Nós temos apenas um Socorrão no interior do estado, que é o de Presidente Dutra. Aqui na ilha nós temos dois Socorrões que não atendem a demanda da população de São Luís porque atendem também cinco milhões de habitantes do interior do estado. A solução é descentralizar a urgência e emergência com a construção de hospitais regionais”, acredita.
A importância do papel de conciliador do Governo do Estado com os sistemas de saúde municipal e federal foi defendido pelo deputado federal Simplício Araújo (SD). Ele afirmou que hoje não há uma conversa sobre ações compartilhadas para melhorar o sistema para pacientes e profissionais. Sobre o programa Saúde é Vida, desenvolvido pelo executivo estadual, Simplício acredita que da forma que vem sendo executado não reflete em melhorias no sistema.
“A construção desses hospitais não representou a melhoria no atendimento a saúde no estado. É preciso trabalhar políticas de saúde e enfrentar a falta de médicos, de recursos e de relação do município com o Governo do Estado. Um reflexo disso é que os maranhenses continuam buscando saúde em estados vizinhos”, contou. O deputado criticou também a falta de apoio do Estado às políticas municipais citando como exemplo as cidades de Imperatriz e Caxias, que tiveram a retirada dos recursos e desenvolvem as ações de saúde com muita dificuldade.
Outro problema apontado e que precisa de atenção foi levantado pela médica Terezinha Abreu, que foi a primeira diretora do Hospital Universitário da UFMA, é sobre a necessidade de capacitação profissional e condições de trabalho. “Nós temos condições de capacitar os nossos médicos para trabalhar em qualquer parte do país. O que precisamos é dar condições aos médicos, não adianta se especializar se quando vai para um hospital não tiver condições de aparelhagem adequada para trabalhar”, disse.
SAÚDE COMO PRIORITÁRIA NO PROGRAMA DE GOVERNO
Flávio Dino apresentou aos médicos as principais iniciativas que tratam da saúde. Entre elas, a criação do Programa “Mais Médicos Maranhão” para combater o déficit de profissionais no Estado. O Programa vai complementar o Mais Médicos do Governo Federal, com a ampliação de cursos de Medicina, e implementação da carreira de Estado para os médicos.

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