dilma-no-MA – Mesmo antes de tomar posse como governador do Maranhão, Flávio Dino se posicionou claramente sobre as dificuldades a serem enfrentadas no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Nas inúmeras entrevistas que concedeu a meios de comunicação da chamada mídia nacional, interessada em saber como o comunista derrotara o clã Sarney nas eleições de outubro de 2014, Dino se posicionou favorável à construção de uma agenda política positiva para o Governo Federal como resposta às turbulências que se avizinhavam.
Dino pregava conciliação, chamava a atenção para o fato de que os desdobramentos da Operação Lava Jato poderiam gerar dificuldades no cenário politico e observava a necessidade de diálogo entre os principais atores políticos do país, em nome da institucionalidade e acima de partidarismos.
Logo após tomar posse, Dino iniciou junto aos colegas governadores do Nordeste a construção de uma pauta entre os líderes regionais e a presidenta que convidava o governo federal a manter o protagonismo no cenário político.
Em encontro com governadores da região Norte, o mesmo discurso. Ao contrário de outros líderes políticos que em silêncio pelo temor de serem apontados pela mídia como ‘sócios da crise’, Flávio Dino assumiu o front da batalha pela governabilidade, fez discursos e, acima de tudo, tomou atitudes enfáticas a favor do respeito às leis, às instituições democráticas e à manutenção do mandato constitucional da presidenta.
Em consonância com a peregrinação de Flávio Dino pela retomada da governabilidade, os ministros de Dilma foram convidados a vir ao Maranhão para discutir propostas e projetos para o Maranhão e o país. Em 7 meses, nada menos do que12 ministros visitaram o Estado. Um deles: Mangabeira Unger, veio exclusivamente para conversar com Flávio e os maranhenses sobre as alternativas de crescimento regional
A postura do governador Flávio Dino foi decisiva para que Dilma decidisse iniciar a retomada da governabilidade e crescimento no Maranhão. Certamente a governante não se arrependeu.
Recebida com palavras de ordem como o ‘não vai ter golpe’, acompanhadas por um entusiasmado Flávio Dino de braço erguido e punho cerrado (um símbolo da esquerda), Dilma fez o discurso mais enfático até aqui contra aqueles que torcem pelo ‘quanto pior melhor’.
Pela primeira vez desde o agravamento da crise, a mídia nacional que se ocupava de seguir a agenda tucana e peemedebista de desqualificação do mandato presidencial, deu destaque à face aguerrida da presidenta, que falou de forma convincente que a crise vai passar e rápido.
Nas últimas décadas, todos os presidentes da República que visitaram o Maranhão, chegaram ao Estado devassados nos bastidores por chantagens e cobrança de faturas, como mandava o figurino sarneysista de fazer política.
Na visita da presidenta Dilma ao Maranhão, ocorreu o inverso. Além da percepção positiva gerada pelo fato de que a presidenta retomou as rédeas do governo, Dilma colheu dividendos no Maranhão a partir do próprio discurso do governador Flávio Dino, que justificou o apoio a ela lembrando os programas sociais implantados pelo PT na última década e que mudaram a face das relações sociais no país pela inclusão social.
As palavras de Dino reanimaram os próprios aliados do governo que, até aquele momento, pareciam ter esquecido o fato de que o maior legado do PT foi a revolução social promovida pelo primeiro projeto de poder genuinamente popular da história brasileira.
Do blog do Jorge Vieira