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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Terminal de Grãos do Porto Itaqui terá mais de R$ 130 milhões em investimentos e dobrará capacidade


Os recursos do Consórcio Tegram-Itaqui serão aplicados na infraestrutura de operação para mais um berço de atracação, com mais um ship-loader e na ativação de nova linha, que permitirá dobrar a capacidade da moega ferroviária
Os resultados positivos apresentados pelo Terminal de Grãos (Tegram), do Porto do Itaqui, em seu primeiro ano de funcionamento possibilitaram a antecipação da segunda fase de expansão, que receberá investimentos de R$ 130 milhões. O governador Flávio Dino recebeu integrantes do Consórcio Tegram-Itaqui nesta quinta-feira (25), no Palácio dos Leões, para oficializar a abertura das operações. Com a obra, que tem início previsto para o segundo semestre de 2016, a capacidade de escoamento produtivo do Porto será duplicada: passará de cinco milhões para 10 milhões de toneladas.De acordo com o governador Flávio Dino, os avanços em infraestrutura e escoamento produtivo deram ao Porto do Itaqui posição de destaque no cenário nacional, o que será intensificado com a segunda fase das obras do Tegram. “O Porto do Itaqui é um grande porto brasileiro – o 5º maior em movimentação de cargas. Acreditamos que esse passo vai nos ajudar para que o nosso porto seja de modo definitivo o Porto do Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], dessa região tão promissora para o Maranhão e para o mundo”, declarou o governador.Os recursos do Consórcio Tegram-Itaqui serão aplicados na infraestrutura de operação para mais um berço de atracação, com mais um ship-loader e na ativação de nova linha, que permitirá dobrar a capacidade da moega ferroviária, passando a descarregar quatro mil toneladas de grãos – como soja, milho e farelo de soja – por hora.“Este é mais um marco importante para o Porto do Itaqui, mais uma notícia positiva, principalmente, dentro do cenário adverso que o Brasil está vivendo. Este é um processo que ia ser iniciado daqui a dois ou três anos, mas foi adiantado, e estamos muito ansiosos para que possa trazer frutos para o Maranhão”, disse o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago.


De acordo com o presidente do Consórcio Tegram, Luiz Cláudio Santos, a movimentação surpreendente e crescente da produção pelo Porto do Itaqui permitiu o adiantamento da nova fase do Terminal de Grãos, a partir da construção de um novo berço.“Com o crescimento das movimentações no ano passado e a previsão para este ano, estamos antecipando as obras da segunda fase para que a construção seja feita ao longo de 2016 e 2017 e inicie a operação em 2018. Atingimos números que eram previstos para acontecer em mais tempo. Temos uma espécie de gatilho com a Emap, à medida que se alcançasse 4,5 milhões de toneladas, já seria possível a movimentação para investimento na segunda fase para conseguir o aumento da exportação”, afirmou Luiz Cláudio Santos.Ele explicou, ainda, que uma série de fatores influenciou para a antecipação das obras da segunda fase do Tegram, que estavam previstas para acontecer somente em 2018. De acordo com o presidente, a administração da EMAP e do Consórcio que administra o Tegram, atreladas a descentralização do escoamento do eixo Sul-Sudeste e a situação crescente de produção do Brasil fez “a gente constatar a necessidade que tinha na infraestrutura e que ela precisa ser ampliada antecipadamente”.Capacidade dobradaO presidente da Emap explicou que as projeções preveem que a capacidade de escoamento da safra anual dobre e alcance mercados estratégicos, como Europa e Ásia. “No ano passado, o Tegram movimentou 3,4 milhões de toneladas e a expectativa para este ano são cinco milhões de toneladas. A segunda fase elevará essa capacidade para mais de 10 milhões de toneladas, o que permite o escoamento de toda a produção da região do Matopiba e do Mato Grosso e aumenta cada vez mais a importância e a influência do Porto do Itaqui”, comentou Ted Lago.O Tegram está integrado à infraestrutura do Porto do Itaqui para recepção de grãos com o compartilhamento dos berços 103 e 100, na primeira e segunda fases, respectivamente.O consórcio é formado pelas empresas Nova Agri, Glencore, CGG Trading, Amaggi e Louis Dreyfus Commodities. Conta com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos e tem a perspectiva de equilibrar o escoamento dos grãos, em relação à logística atual centralizada nos portos do Sul-Sudeste.Com quatro armazéns, o terminal tem capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil toneladas cada) e capacidade de movimentação de cinco milhões de toneladas ao ano

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