Dívida da associação do povoado Belém pode ser executada na justiça e vereador Josivan Bílio pode ser processado por crime de falsidade ideológica

A Associação dos Moradores do povoado Belém, também denominada de Associação dos Sem Terra, já não vive os tempos áureos de outrora, tudo leva a crer que a entidade está caminhando para um profundo abismo, um descontrole total em suas finanças, que o diga o Banco do Nordeste do Brasil, instituição que repassou os recursos do financiamento para a aquisição da área que abriga   os cerca de 200 associados.

O titular do blog, um dos poucos a acompanhar a caminhada daquela associação desde o seu nascedouro, fez um raio-x junto aos órgãos estaduais e descobriu que entre as 78 associações cadastradas pelo Governo do Estado que contraíram dívidas oriundas da União, a do povoado Belém é uma das poucas que já foi oficializada como inadimplente. Os valores da dívida contraída junto ao Subprojeto de Aquisição de Terras (SAT), do Banco do Nordeste, já chegaram as cifras de R$ 381.321,73, o que corresponde a três parcelas anuais em atraso. Na somatória dos empréstimos contraídos a dívida pode ser superior a R$ 700 mil reais.

Como todos os prazos já estão na iminência de serem vencidos, além da execução judicial, a dívida será encaminhada pela União para a Receita Federal que notificará nominalmente os associados devedores, efetuando uma nova chamada para sua quitação, caso não ocorra, o nome dos endividados poderá fazer parte do rol do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), que é um banco de dados que contém os nomes de pessoas físicas e jurídicas com obrigações pecuniárias vencidas e não pagas.

O endividamento da associação, segundo fontes do povoado Belém, pode ser atribuída ao homem que se intitula seu principal líder, o vereador Josivan Carvalho Bílio, ele supostamente teria orientado o corpo associativo a não efetuar normalmente o pagamento na data especificada,   alegando aos seus liderados que  dívida com o governo se "empurra com a barriga". Pressionados pelas entidades de crédito e consequentemente pela justiça, os associados começaram a perceber que entraram numa cilada e que poderão ter suas vidas complicadas daqui pra frente.
Ainda pesam contra Josivan, outras suspeitas de desmandos dentro da associação, como a apropriação temporária de cerca de R$ 100 mil reais recolhidos dos associados para o pagamento da primeira cobrança da dívida. Segundo seu irmão Josinaldo Bilio, o dinheiro teria sido emprestado a juros por um longo período. As atitudes subterrâneas praticadas pelo líder sem terra, que nem se quer tem função alguma nos quadros de direção da associação, compromete também os bens da entidade, como dois tratores novos que teriam sidos entregues sem nenhum ônus a particulares, deixando de prestar diariamente os necessários serviços aos associados.
Contra as suas tenebrosas armações tramita na justiça um Mandado de Segurança protocolado dia 17 de agosto de 2015 pedindo a anulação da última eleição para eleger a nova diretoria da associação. O mandado impetrado está embasado numa farta quantidade de provas que denunciam várias irregularidades na eleição, uma delas seria a falsificação de assinaturas dos sócios no livro de ata. O vereador Josivan, inclusive para seu irmão Josinaldo Bílio, é o suspeito principal de ter organizado todas as falcatruas e o mentor dos demais problemas instalados no povoado e na associação.
Caso as denúncias sejas devidamente comprovadas, o vereador correrá sérios riscos de ser processado e até condenado pelo crime de falsidade ideológica (CP. art. 299). Ainda segundo seu irmão, seu inimigo político ferrenho, Josivan teria falsificado até a assinatura de um sócio já falecido para beneficiar o candidato apoiado por ele. O caso que está causando repercussão em todo município tem a possibilidade de ser julgado nesses próximos dias e o pedido de liminar ser deferido em favor dos impetrantes. 
Essa é uma parte do relato da postura pouco republicana do vereador Josivan, muito distante daquele homem que vive de pregar a moralidade em seus pronunciamentos na Câmara, continuarmente acusando e agredindo verbalmente aqueles que não comungam com a hipocrisia pregada por ele.