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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Brasil tem 6 milhões a mais de mulheres, e homens são maioria em só 2 estados

 

A queixa recorrente das mulheres, sobretudo para aquelas com mais de 40 anos, tem o respaldo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Está faltando homem mesmo. A queixa recorrente das mulheres, sobretudo para aquelas com mais de 40 anos, tem o respaldo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo novos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua 2024, divulgados nesta sexta-feira, 22, existem 92 homens para cada 100 mulheres no Brasil.

Dependendo da faixa etária e do Estado, o problema ainda é mais grave. No Rio de Janeiro, por exemplo, na faixa com mais de 60 anos, são apenas 70 homens para 100 mulheres. E em São Paulo não é muito diferente: na mesma faixa são 77 para 100.

Os números do último Censo mostraram que, em 2022, a população brasileira era formada por 104.548.325 mulheres e 98.532.431 homens - cerca de 6 milhões de mulheres a mais. Segundo os demógrafos, as chamadas causas externas, como acidentes graves e violência urbana, que vitimam muito mais homens, e o fato de as mulheres cuidarem mais da saúde explicam essa diferença.

O fenômeno não é recente. A série histórica da PNAD mostra que, em 2012, a população residente do País era formada de 48,9% de homens e 51,1% de mulheres. A proporção se manteve até 2018. Em 2019 houve uma ligeira alteração, passando para 48,8% e 51,2%. Até 2024 as porcentagens se mantiveram.

Em todo o mundo nascem mais homens do que mulheres. Por razões biológicas, nascem de 3% a 5% mais homens do que mulheres. No Brasil, essa proporção se mantém até os 24 anos, quando a população feminina ultrapassa a masculina.

Entre os adultos jovens morrem muito mais meninos que meninas. Essas mortes estão relacionadas às causas não naturais, ou seja, violência e acidentes.

Por outro lado, a expectativa de vida das mulheres é sempre maior do que a dos homens globalmente. Isso é atribuído ao fato de as mulheres se cuidarem mais, se alimentarem melhor e frequentarem mais os médicos. Por isso, na faixa etária acima dos 60 anos, é comum o número de mulheres ser mais elevado.

Com a transição demográfica brasileira - envelhecimento da população e redução dos nascimentos - , essa diferença fica ainda mais evidente.

"Nascem mais homens do que mulheres, mas, ao longo da vida, os homens tendem a morrer mais cedo, sobretudo por mortes violentas e acidentes", explicou o analista do IBGE William Kratochwill que apresentou os novos dados. "Por outro lado, as mulheres têm longevidade maior porque tendem a se cuidar mais." DoUol/Estadão

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