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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Desaprovação ao governo Lula cai e aprovação sobe, aponta Quaest

 

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou dois pontos para baixo e permanece em maioria, alcançando 51%, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20).

Já a aprovação subiu três pontos e chegou a 46%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Os números mostram:

  • Aprova: 46% (eram 43% em julho);
  • Desaprova: 51% (eram 53%);
  • Não sabe/não respondeu: 3% (eram 4%).

A diferença entre aprovação e desaprovação é a menor desde janeiro de 2025, quando havia empate técnico (49% desaprovavam e 47% aprovavam).

O pico de rejeição foi registrado em maio, quando a distância chegou a 17 pontos: 57% desaprovavam e apenas 40% aprovavam o governo.

Em julho, a desaprovação já havia recuado para 53%, dentro da margem de erro, enquanto a aprovação subiu para 43%. Agora, o movimento se repete, com nova queda na rejeição e crescimento da avaliação positiva..

TARIFAÇO DE TRUMP

O levantamento também avaliou a percepção dos brasileiros sobre as tarifas impostas pelos EUA. Para 51%, Trump agiu por interesses políticos; 23% acreditam que a medida atende a interesses comerciais; e 2% a atribuem a motivos pessoais. Outros 22% não souberam ou não responderam.

Além disso, 64% acreditam que o tarifaço vai aumentar o preço dos alimentos no Brasil. Desde 6 de agosto, parte dos produtos brasileiros passou a pagar taxa de 50% para entrar no mercado americano, a mais alta do mundo. A pesquisa ainda mostra que:

  • 71% consideram que Trump errou ao impor as tarifas;
  • 55% acham que Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro agem mal diante do tema;
  • 46% avaliam que Lula está agindo mal;
  • 77% acreditam que as tarifas vão prejudicar suas vidas;
  • 67% defendem negociação com os EUA;
  • 26% defendem retaliar os americanos com taxação;
  • 48% acham que Lula e o PT têm a postura mais correta no embate.

APROVAÇÃO E REJEIÇÃO POR SEGMENTOS

– REGIÕES:

  • Nordeste: aprovação subiu para 60% (eram 53%) e desaprovação caiu para 37% (eram 44%);
  • Centro-Oeste/Norte: aprovação foi a 44% (eram 40%) e desaprovação recuou para 53% (eram 55%);
  • Sudeste: desaprovação segue maior, em 55%, contra 42% de aprovação;
  • Sul: maior rejeição do país, com 61%, enquanto a aprovação está em 38%.

– GÊNERO: 

  • Entre as mulheres, há empate técnico: 48% aprovam e 49% desaprovam;
  • Entre os homens, a desaprovação caiu e hoje está apenas nove pontos acima da aprovação.

– FAIXA ETÁRIA:

  • 60 anos ou mais: aprovação subiu para 55%, superando a desaprovação (42%);
  • 35 a 59 anos: cenário de empate técnico (52% desaprovam e 46% aprovam);
  • 16 a 34 anos: desaprovação recuou para 54% e aprovação cresceu para 43%.

– ESCOLARIDADE:

  • Ensino fundamental: aprovação de 56% contra 40% de rejeição;
  • Ensino médio: desaprovação ainda é maioria, mas caiu para 57%, enquanto aprovação subiu para 41%;
  • Ensino superior: piora para Lula, com 56% de rejeição contra 42% de aprovação.

– RENDA:

  • Até 2 salários mínimos: aprovação subiu para 55%, superando a desaprovação (40%);
  • De 2 a 5 salários mínimos: desaprovação em 54% e aprovação em 44%;
  • Acima de 5 salários mínimos: 60% desaprovam e 39% aprovam.

– RELIGIÃO:

  • Católicos: aprovação de 54% contra 44% de rejeição;
  • Evangélicos: desaprovação caiu, mas segue alta, em 65%, contra 31% de aprovação.

– BOLSA FAMÍLIA:

  • Beneficiários: aprovação disparou para 60% e desaprovação caiu para 37%;
  • Não beneficiários: desaprovação em 54% e aprovação em 43%.

– ELEITORADO DE 2022:

  • Entre quem votou em Lula: aprovação de 79% e desaprovação de 19%;
  • Entre quem votou em Bolsonaro: desaprovação de 92% e aprovação de 6%;
  • Entre indecisos, brancos e nulos: desaprovação de 57% e aprovação de 39%.

Questionados sobre a avaliação geral da gestão, os entrevistados responderam:

  • Positivo: 31% (eram 28% em junho);
  • Negativo: 39% (eram 40%);
  • Regular: 27% (eram 28%);
  • Não sabe/não respondeu: 3% (eram 4%).

O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado pela Quaest entre 13 e 17 de agosto. O nível de confiança é de 95%.

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