O Iphan descobriu neste mês o novo sítio arqueológico Casa de Pedra do Gleison, com resquícios de pinturas rupestres, no Maranhão; confira!
No mês de agosto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou a descoberta de um novo sítio arqueológico com gravuras rupestres na localidade de São Domingos do Maranhão, conhecido como Casa de Pedra do Gleison. O achado foi realizado entre os dias 11 e 15 de agosto e divulgado oficialmente pelo Iphan na terça-feira, 19.
Conforme informações do órgão federal, a expedição foi liderada pelo arqueólogo Cleberson Carlos, que verificou uma área já indicada na literatura especializada desde 1985 como possível abrigo para sítios arqueológicos contendo registros rupestres.
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Durante a fiscalização, Cleberson confirmou a existência de três sítios arqueológicos previamente catalogados – Abrigo Bacupari, Casa de Pedra e Cocal de Dentro – todos com pinturas rupestres. O novo sítio identificado, no entanto, apresenta gravuras rupestres, que se diferenciam das pinturas por serem criadas através de incisões ou entalhes diretos na rocha, ao invés da aplicação de pigmentos.
“Os sítios arqueológicos possuem uma importância ímpar para a pré-história do Maranhão, pois até o momento são os únicos identificados com pinturas rupestres”, afirmou o arqueólogo em comunicado.
Segundo Cleberson, “o Abrigo Bacupari é o que apresenta os registros mais preservados. Já os sítios Casa de Pedra e Cocal de Dentro apresentam apenas resquícios mínimos das pinturas. Durante a fiscalização também encontramos um novo sítio, a Casa de Pedra do Gleison, com gravuras, onde possivelmente também houve pinturas no passado. Os quatro sítios têm em comum o fato de estarem inseridos em formações de rocha arenítica”.
A expedição do Iphan contou com a colaboração de um morador da comunidade de Tranqueira em São Domingos do Maranhão. Ele é o proprietário da fazenda onde se localiza o sítio arqueológico Casa de Pedra e tem se empenhado na conservação da área. Esse trabalho inclui parcerias com escolas locais para desenvolver atividades educacionais sobre a importância da preservação do patrimônio cultural.
Danos
Todas as áreas arqueológicas visitadas apresentam evidências de vandalismo, o que preocupa as autoridades. O Iphan orienta aqueles que encontrarem artes rupestres a entrar em contato com a superintendência ou escritório técnico mais próximo, informando sobre a localização e enviando fotos quando possível.
É crucial que as gravuras ou pinturas não sejam submetidas a qualquer tipo de limpeza, pois isso pode danificá-las e comprometer sua análise científica. Além disso, o Iphan destaca que intervenções ou escavações não devem ser realizadas sem a devido autorização.
Por fim, o órgão ressalta que descobertas arqueológicas não devem ser divulgadas em redes sociais para evitar atrair curiosos e possíveis vândalos ao local, de acordo com a Folha de S. Paulo.
Crédito: Divulgação/Iphan/Cleberson Carlos
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