Ação contra Roseana só depende do procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, que segura o processo há cinco meses
Do blog do João Bosco Rabello (O Estado de são Paulo)
Roseana Sarney é um dos governadores na mira do tribunal em ação movida pelo ex-governador José Reinaldo Tavares
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prepara-se para julgar neste ano os
pedidos de cassação de mandato de governadores. Dos 27 eleitos, a Corte
eleitoral recebeu ações para cassar o mandato de 12 deles – quase a
metade dos diplomados em 2010. Nas ações contra os governadores do
Amazonas, Omar Aziz (PSD), do Acre, Tião Viana (PT), e de Roraima, José
de Anchieta Júnior (PSDB), a vice-procuradora eleitoral Sandra Cureau
proferiu duros pareceres, pedindo a cassação dos mandatos.
Concluída
a maior parte dos processos relativos às eleições municipais, o TSE
agora volta os olhos para os governadores. Foi assim em relação ao
pleito anterior. Quando os governadores eleitos em 2006 completavam a
metade dos mandatos, o tribunal deflagrou os processos de cassação
daqueles que haviam cometido crimes eleitorais, como compra de votos e
abuso de poder.
Em novembro de 2008, o TSE cassou o então
governador da Paraíba e hoje senador, Cássio Cunha Lima (PSDB). Já em
março de 2009, decretou a perda de mandato do governador do Maranhão,
Jackson Lago (PDT). Três meses depois, foi a vez do governador do
Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB).
Maranhão
Com
Jackson Lago apeado do cargo pelo TSE em ação movida por ela, a então
senadora Roseana Sarney (PMDB) assumiu o governo do Maranhão em 2009,
com 21 meses de mandato restantes. Acabou reeleita em 2010, com o apoio
de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, para mais um mandato
(2011-2014), desta vez integral.
Agora, entretanto, Roseana que
foi algoz, transformou-se em acusada em duas ações em tramitação no TSE
para cassar o seu mandato, ambas sob relatoria do ministro Arnaldo
Versiani. No processo que está mais adiantado, movido pelo ex-governador
José Reinaldo Tavares (PSB), Roseana responde às acusações de abuso de
poder político e econômico na campanha eleitoral. A ação aguarda parecer
do procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, há cinco meses.
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