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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sangue jovem pode reverter envelhecimento

OGlobo

Estudos sugerem que proteínas de camundongos novos melhoraram funções do cérebro e fortaleceram animais com idade avançada.

Pesquisas em camundongos mostraram que sangue jovem reverte sinais de envelhecimento em animais idosos
Foto: StockPhoto
Pesquisas em camundongos mostraram que sangue jovem reverte sinais de envelhecimento em animais idosos.

 

SÃO FRANCISCO (EUA) — Não é ficção. A infusão de sangue jovem pode reverter sinais do envelhecimento, sugerem três novos estudos de universidades americanas. A técnica foi capaz de melhorar o funcionamento do cérebro, do coração e a força muscular em camundongos com idade avançada.
Os pesquisadores acreditam que proteínas contidas no sangue jovem são as responsáveis por reverter os sinais de envelhecimento. Apesar das diferenças entre camundongos e humanos, especialistas disseram que a descoberta pode levar a novos tratamentos para doenças mentais e cardíacas em pessoas. Um ensaio clínico está previsto para começar entre três e cinco anos.
— A evidência é forte o suficiente agora, em vários tecidos, o que nos garante para testes e aplicações em humanos — disse Saul Villeda, autor de um do estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, ao “Guardian”.
O envelhecimento é um dos maiores fatores de risco para uma série de enfermidades mentais e do coração, além de câncer e diabetes, por exemplo. Os estudos foram comemorados uma vez que, com o envelhecimento da população, a proporção de pessoas com essas condições cresce e o custo para a saúde pública representa um dos maiores desafios para países em todo o mundo.
Na pesquisa liderada pela Universidade de São Francisco, os cientistas fizeram infusões de sangue de camundongos de três meses de vida em outros animais com 18 meses — considerada uma idade avançada em camundongos, e o que pode equivaler a 70 anos em humanos. A terapia melhorou o desempenho dos camundongos mais velhos em tarefas de memória e de aprendizagem. Eles apresentaram também mudanças estruturais, moleculares e funcionais em seus cérebros.
“Nossos dados indicam que o sangue jovem em camundongos no final da vida foi capaz de rejuvenescer a plasticidade sináptica e melhoria da função cognitiva” relatou a equipe de pesquisadores em artigo publicado na revista “Nature Medicine”. “Estudos futuros em humanos idosos são necessários e, potencialmente, aqueles que sofrem de doenças neurodegenerativas relacionadas com a idade”.
Os cientistas observaram que o cérebro dos camundongos idosos foi capaz de formar novas conexões no hipocampo, uma região vital para a memória e sensível ao envelhecimento.
A equipe de pesquisa injetarou plasma sanguíneo — componente líquido do sangue, sem as células — de camundongos jovens em animais mais velhos. As injeções fizeram com que os idosos tivessem o mesmo desempenho em um teste de memória do que animais com seis meses de idade...


 
 

 

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