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sábado, 17 de janeiro de 2015

Brasileiro é executado na Indonésia por tráfico de drogas

BBC Brasil
Brasileiro é executado na Indonésia.  

Apesar de pedidos de clemência vindos de ONGs internacionais e mesmo diretamente da presidente Dilma Rousseff, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado na tarde deste sábado na Indonésia pelo crime de tráfico de drogas.
O cumprimento da pena capital foi confirmado pelo porta-voz da Procuradoria Geral do país, Tony Spontana, à BBC Indonésia.
Preso desde 2003 depois de ser flagrado no aeroporto da capital Jacarta com 13,4kg escondidos em ferragens de uma asa delta, o carioca foi condenado à morte em 2004.
Ele é não apenas o primeiro brasileiro a ser executado no exterior, mas também o primeiro ocidental morto pelas autoridades da Indonésia, país em que o tráfico de drogas é punido com a esta pena.
Archer e outros quatro prisioneiros estrangeiros, foram fuzilados pouco depois às 00h30h (15h30 de Brasília) na prisão de segurança máxima da Ilha de Nusakambangan, na costa de Java, no Oceano Índico.
Uma sexta condenada, do Vietnã, foi executada na cidade de Boyolali, no leste do país, às 00h46 do horário local.
Antes da execução, o brasileiro teve a chance de um encontro com seu parente mais próximo, a tia Maria de Lourdes Archer Pinto, de 61 anos, que viajou do Brasil levando alguns itens para sua última refeição.
Pedido negado
Na sexta-feira, após uma semana de tentativas, Dilma conseguiu falar por telefone com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, para fazer um apelo pessoal pelas vidas de Archer e do outro brasileiro preso na Indonésia por tráfico de drogas, Rodrigo Muxfeldt Gularte - também condenado à morte, com execução prevista para fevereiro.
O pedido foi negado por Widodo. Segundo um comunicado do Palácio do Planalto, o presidente indonésio disse que não poderia comutar a sentença de Archer e Gularte, porque "todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia, e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal".
Tentativas de ao menos adiar a execução foram feitas também pela Anistia Internacional, mas os planos esbarraram no apoio popular à pena de morte para traficantes entre a população da Indonésia, que é de maioria muçulmana.
Além disso, Widodo foi eleito com uma plataforma política em que o rigor no combate ao crime fazia parte das promessas de campanha.
O Palácio do Planalto ressaltou que isso deve ter consequências negativas para a relação entre Brasil e Indonésia.
"A presidenta lamentou profundamente essa posição do governo indonésio e chamou a atenção para o fato de que essa decisão cria, sem dúvida nenhuma, uma sombra nas relações dos dois países", disse o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
BBCBrasil

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