São Domingos do Maranhão, o município que menos se desenvolveu na região nesses últimos quatro anos, está fadado a ficar mais quatro na mesma situação se Zé da Folha conseguir sua reeleição, que não está fora de cogitação. Uma rixa de ex-amigos e aliados está contribuindo para essa indesejável situação, o nome dela chama-se Kleber Andrade, o Trator, e Edson do Totonho. Em um passado bem próximo os dois comungavam as mesmas ideias ao ponto do segundo ser apoiado pelo primeiro, então prefeito da época (2013 a 2016).
A não eleição de Edson trincou a boa relação entre os dois, isso mesmo depois de Trator jurar na cruz que o amigo Edson iria permanecer candidato no pleito seguinte com o seu apoio irrestrito apoio. O ex-prefeito vinha até há cerca de um ano e meio afirmando que Edson seria mesmo o seu preferido, já que ele merecia uma outra oportunidade. Seduzido, não sei por quem, Trator passou a mudar o discurso e começou a propagar seu próprio nome como candidato do grupo, cotovelando seu fiel escudeiro.
Edson sentiu-se traído, mas manteve sua postura comedida de bom cidadão, e, mesmo assim, passou a tocar seu projeto de pré-candidato, tendo o apoio de muitas lideranças, que viram no gesto do empresário o direito de participar do pleito. Do outro lado, Trator mostrava sinais de que não retiraria seu nome, deixando claro que a cisão iria mesmo acontecer, apesar da interferência de muitos partidários mostrando o risco iminente das duas candidaturas.
O certo é que não houve consenso, amigos e aliados sacramentaram o rompimento ao registrarem suas candidaturas, deixando uma multidão de seguidores perplexos com a fissura no grupo, que logo se transformou em um grande fosso. De camarote, o prefeito Zé da Folha assistia os dois se degladiarem, vez por outra ainda mandava um recado para atiçar a coivara. O ímpeto das duas cabeças 'impensantes' não afrouxaram seus egos e romperam em definitivo, prevalecendo a lei do eumismo, eu, eu e eu.
Sem querer querendo, Zé da Folha, aquele mesmo que decantava em quase toda esquina que não iria para a reeleição, isso porque via suas forças minimizadas em razão de sua fraca gestão, têm tudo para comer a cereja do bolo com toda sua paciência, virtude que lhe é peculiar.
Com o grupo rachado ao meio, mesmo com Zé da Folha tropeçando nos próprios passos, Edson e Trator podem amargar uma nova derrota, agora de lados opostos. E os interesses de São Domingos como fica? Com certeza terá mais quatro anos de administração mediana, isso pra não dizer abaixo da média ou sem nenhum destaque. Quem agradece de coração é a filha Zaíra, a manda chuva da gestão, e o irmão e ex-prefeito Dim da Folha, o conselheiro mor, que antes já se julgavam fora do páreo caso a dupla oposicionista estivessem juntas novamente.
Algo ainda pode ser feito para esse 'descontinuismo' ser evitado? Pode sim! Basta Trator e Edson voltarem a conversar, deixarem o orgulho de lado e pensarem no bem maior, o povo. Do contrário, São Domingos poderá viver mais quatro anos de seca, tendo como qualitativo somente os salários em dia, que não passa de uma obrigação pagar quem trabalha. Zé da Folha não desmerece ser prefeito nem de New York, o problema são suas qualificações e condições de gerenciamento, já que com o avançado estágio de mudanças nas relações políticas e sociais e a crescente revolução tecnológica, quanto mais habilidoso e preparado for o gestor, mais vantagens terá o município para adequirir recursos juntos as instituições e até a iniciativa privada. Ou seja, quanto mais conhecimento e influência política tiver o gestor, maiores possibilidades terá o município de angariar recursos para se desenvolver. Diante dessa perspectiva, o atual prefeito não tem nenhuma dessas qualidades, chegou ao estágio de paralisia administrativa, mas o povo é quem sabe o que quer, quem sou eu pra dar pitaco...
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