José Remy Alves e Silva |
No ano novo, eu prometo
que vou me lembrar de tanta coisa, como da floração da nossa praça , do por do
sol enfumaçado de anteontem e da maravilhosa chuva que não caiu em agosto e
castigou a flora tuntuense.
No ano novo, eu juro que
não vou esquecer de procurar meus amigos e prometo que nas noites de verão vou
sentar na praça pra reler os cordéis do meu Irmão Mailon que falam de amor,
solidariedade, fraternidade, devoção de alma e de espirito.
No ano novo, eu juro que
vou ser mais presente em Tuntum e vou acordar mais cedo, para ver pontificando
com sua grandeza, por detrás das serras, o radiante sol que dali surge, altivo,
impávido e colosso, fazendo a trajetória que, ao anoitecer, o fará descansar a
partir da fímbria escura que nasce na direção da Serra Grande.
No próximo ano eu
prometo acordar, abrir a janela e bendizer a Deus, o Grande Arquiteto do
Universo pelo dia tão claro, com o céu azul no firmamento, sinalizando o poder
divino por sua perfeição e bondade.
Nesse novo ano, eu juro
que vou aprender com os mensageiros de Cristo, evangélicos e católicos que a
humanidade, o altruísmo, a generosidade e a mão estendida são virtudes por Ele
ensinadas, para que possa transferir com a mesma intensidade essa lição para o
irmão tão próximo ou tão distante.
No ano novo, eu juro que
vou plantar uma roseira na praça São Francisco de Assis para que ela floresça e
possa significar um exemplo para que os outros façam o mesmo embelezando seus
canteiros.
No ano novo, eu vou
andar pela orla do Riacho de Tuntum com uma baladeira na mão como se ainda eu
fosse menino, quero lembrar de como ele era belo, rico, exuberante, de uma beleza
impar como os seus bonitos paredões areníticos, com água
cristalina correndo no seu leito, quero lembrar do espelho d’água das cacimbas,
quero lembrar das ingazeiras, das imbaubeiras, das atracas, das sapucaias, dos
Jatobás, dos Tucunzeiros, das Macaubeiras, das teias trançadas de folhas miúdas
e verde formada pelos pés de melão São Caetano, quero lembrar do canto dos
Sabias, dos Periquitos, dos vinvins, dos Guriatãs, dos canários, dos Curiós, e
dos Bentevis que gorjeavam melodiosamente
celebrando a beleza daquele lugar e, que hoje lamentavelmente agoniza ferido de
morte.
No próximo ano, prometo
caminhar do Pubeiro até a Tiúba, tirar o chapéu
e ir cumprimentando as pessoas conhecidas ou não, retirando-o da cabeça
em sinal de obediência, consideração e respeito, energizando-as com um aperto
de mão, um abraço, sorriso sincero que possa expandir-se num cordialíssimo bom
dia, boa tarde ou boa noite.
No ano novo, eu prometo
arregaçar as mangas e escrever para todas as crianças de Tuntum os mais lindos
versos que possa ninar os seus sonhos infantis, carregados com emoção que
traduzam abençoar os seus Pais para que eles no próximo natal lhes presenteie
com o brinquedo desejado.
No próximo ano, eu
desejo arrepender-me por ter demorado tanto tempo par jurar tudo aquilo que, de
há muito, já deveria ter cumprido e, eu me penitencio porque neste ano que está
terminando eu fui relapso não visitei meus irmãos, meus familiares, não
telefonei, não lhes passei um e-mail e nem se quer eu tenho facebook. Assim
meus queridos irmãos, amigos e amigas me perdoe, pois, no novo ano eu serei
mais presente.
Um Ano Novo abençoado
para todos.
Remy, que Deus te proteja, juntamente com sua família. Você é o cara!
ResponderExcluirCleide e Elimar.,