Belém do Maranhão: O sonho e a ilusão

Imagem aérea do povoado Belém

         Sonhar não custa nada, essa frase já uma velha conhecida daqueles que vivem de arriscar em determinadas situações quando prevalece a incerteza e às vezes se pretende dá um tiro no escuro para atingir o alvo desejado, fato que normalmente sempre dar errado. Mas esse não o caso da população do povoado Belém, que não arriscou, e sim lutou ferrenhamente pela causa da emancipação, hoje (14/11) descartada por uma canetada da presidente Dilma Rousseff que levou tudo de água abaixo.

As alegações do veto não tem consistência, uma vez que as despesas geradas não sairiam da União, mas sim do município mãe que teria que dividir proporcionalmente de acordo com o  quantitativo populacional do município criado. A torcida do blog pelo desmembramento, pela independência, era uma das maiores, porém o titular se questionava constantemente sobre o imbrólio político que se geraria na futura eleição, provocando rupturas familiares, desavenças, brigas, intrigas, ‘tudo que não existe hoje’, onde ainda prevalece a ‘harmonia e o respeito’.

Josivan Bílio

Será mesmo que não existe um mau que não traga um bem? Mesmo diante do falso ensaio de união dos dois lados que lutavam pela emancipação,  percebia-se um clima de competição e rivalidade, um pré-jogo das disputas que se anunciavam pelo poder, de um lado Josivan Bílio e sua intabilidade emocional, um pouco meio bipolar, do outro Josinaldo Bílio, um velho estrategista da política, daqueles que joga e joga bem. De camarote estava o povo que ouvia milimetricamente os movimentos que cada um fazia para colaborar com a criação do novo município e demonstrar a população que a luta era contínua, ganhando ele, cada vez mais, voz e vez no promissor cenário eleitoral.

Josinaldo Bílio

A peça nem havia começado quando repentinamente a dentuça da presidente Dilma Rousseff interrompe tudo antes do segundo ato, o do confronto direto. Deus quis assim, foi melhor assim. Não há culpados entre os interessados diretamente, há esperança que tudo se reacenda em outra oportunidade,  mas que ainda aconteça com o mesmo sonho fumegante e sem as ilusões. A luta continua. Nada está perdido. O futuro  pertence a Deus...