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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Assassino de delegado diz que atirou sem saber que vítimas eram policiais


O Informante teve acesso com exclusividade ao termo de qualificação e interrogatório de Leandro da Silva Sousa, conhecido como “Mala”, acusado de assassinar o delegado Márcio Mendes Silveira durante uma operação policial na manhã da última quinta-feira (10), na zona rural de Caxias, no Maranhão. No depoimento prestado à Polícia Civil, Leandro confessou ter atirado contra os agentes após ser surpreendido dentro de casa e alegou não saber que se tratava de policiais.

Segundo o relato feito nesta sexta-feira (11) às 17h23, Leandro disse que estava dormindo, exausto após um dia de trabalho, quando escutou fortes pancadas na porta da frente e, logo em seguida, a porta da cozinha sendo arrombada. Assustado, ele afirmou ter pegado uma espingarda calibre 20 que mantinha próxima à rede onde dormia e efetuado disparos contra as pessoas que entravam. Ele alegou que não viu fardas, não ouviu anúncio de voz de prisão e pensou se tratar de uma invasão criminosa.

Leandro disse ainda que, após o segundo disparo, fugiu pelo matagal levando consigo as armas dos policiais feridos, incluindo um fuzil, mas garantiu que abandonou o armamento durante a fuga. Passou a noite escondido no mato e, sem dormir, tentou se entregar no dia seguinte com apoio do irmão, mas foi capturado pela polícia antes de conseguir se apresentar. A prisão aconteceu na localidade Jenipapeiro e foi coordenada pelo delegado Jair Paiva.

Durante o interrogatório, Leandro confirmou que já havia sido preso anteriormente, que possui três filhos (mas não os cria) e negou ter deficiência. Afirmou ainda que uma motocicleta roubada encontrada em sua residência teria sido comprada há cerca de sete anos, de um homem já falecido.

O delegado Márcio Mendes, titular do 4º Distrito Policial de Caxias, foi atingido por um tiro no pescoço e morreu ainda no local. Outros dois policiais civis foram baleados durante a ação, mas sobreviveram e permanecem internados em Teresina, fora de perigo.

Leandro segue preso e à disposição da Justiça.

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