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terça-feira, 22 de julho de 2025

Prefeito do Maranhão é investigado por suposto uso de certificado falso para registro de candidatura

 

Ministério Público abre procedimento contra gestor acusado de apresentar certificado falso para concorrer à reeleição. Polícia ignora requisições e entra na mira do controle externo

Mais um escândalo político abala o interior do Maranhão. O prefeito de Amarante do Maranhão, Vanderly Gomes Miranda, está oficialmente na mira do Ministério Público por suspeita de falsificar documento escolar com o objetivo de burlar a Justiça Eleitoral e garantir sua candidatura à reeleição em 2024.

Segundo a Notícia de Fato nº 1.19.000.001737/2024-06, da Procuradoria Regional Eleitoral, o gestor teria apresentado um certificado de conclusão do ensino médio forjado, supostamente emitido pelo obscuro “Centro Educacional Decisão Mundiluza”. A documentação seria a única forma de comprovar a escolaridade mínima exigida para disputar o cargo. O que era para ser um simples requisito virou potencial crime eleitoral e penal, com fortes indícios de fraude, falsidade ideológica e uso de documento falso em processo eleitoral – condutas que ferem de morte a legalidade do pleito e expõem o desprezo pela moralidade pública.

Diante da gravidade dos fatos, o Ministério Público instaurou o Procedimento Administrativo Eleitoral nº 10001/2025, por meio da Promotoria da 99ª Zona Eleitoral. A medida tem como objetivo acompanhar as providências adotadas pelas autoridades policiais e administrativas diante da suspeita de fraude documental cometida pelo prefeito. Mas, pasmem: a Delegacia de Polícia Civil de Amarante, mesmo tendo sido reiteradamente oficiada, permanece calada. Ignorou pelo menos quatro requisições formais emitidas pelo MP, numa afronta direta ao controle externo da atividade policial e ao dever de zelar pela legalidade.

A omissão da polícia local, que até agora não abriu qualquer procedimento investigatório, acendeu o sinal de alerta no Ministério Público, que resolveu endurecer o tom e partir para o enfrentamento institucional.

A portaria assinada pelo promotor Carlos Róstão Martins Freitas é clara e contundente: o Ministério Público não aceitará inércia, conivência ou silêncio cúmplice diante de uma possível fraude eleitoral de tamanha gravidade. O documento já foi publicado no Diário Eletrônico do MPMA e determinou a reiteração das requisições à polícia, além da designação de servidor para acompanhar o caso de perto.

A população de Amarante, que acreditava ter elegido um prefeito digno de representá-la, agora se depara com a possibilidade de ter sido enganada por um documento falsificado na base da caneta e da malandragem. Caso confirmadas as irregularidades, Vanderly poderá responder não apenas criminalmente, mas também ter seu mandato contestado judicialmente por fraude eleitoral.

O Ministério Público promete rigor. E Amarante espera por justiça. Afinal, quem falsifica um certificado para chegar ao poder não tem escrúpulo para continuar nele. 

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