sábado, 7 de março de 2015

Delator diz que Lobão levou propina de R$ 10 milhões


lobão pai
MARIO CESAR CARVALHO
Um dos executivos da empreiteira Camargo Corrêa que passou a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato disse a procuradores que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) pediu e recebeu cerca de R$ 10 milhões de propina da empresa em 2011, quando ela foi contratada para participar da construção da usina de Belo Monte.
À época, Lobão era ministro das Minas e Energia do governo de Dilma Rousseff. O nome do então ministro já havia sido citado nas delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Youssef dizia na carceragem da PF em Curitiba que Lobão era o “chefe” do esquema de desvios na Petrobras, segundo advogados ouvidos pela Folha.
O advogado do ex-ministro, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que “palavra de delator tem credibilidade zero” e que irá esperar as provas.
O executivo da Camargo, Dalton Avancini, fez o relato sobre a suposta propina paga a Lobão durante as negociações com procuradores para o acordo de delação. Ele também citou que houve trataiva sobre suborno na contratação da Camargo para fazer a usina atômica Angra 3.
Avancini e o vice-presidente da empreiteira, Eduardo Leite, fecharam um acordo no último dia 27, no qual se comprometem a revelar irregularidades praticadas pela empreiteira em troca de uma pena menor, conforme a Folharevelou.
Os dois estão presos desde meados de novembro sob acusação de pagar suborno a funcionários públicos e políticos para fechar contratos.
O pagamento a Lobão, segundo Avancini, ocorreu em 2011, ano em que a Camargo Corrêa foi contratada pela Norte Energia junto com outras nove empreiteiras para fazer as obras civis da hidrelétrica por R$ 13,8 bilhões. A
parte da Camargo Corrêa no consórcio corresponde a R$ 2,2 bilhões. A usina toda está orçada em R$ 19 bilhões; o valor inclui turbinas e outros equipamentos.
O consórcio, liderado pela Andrade Gutierrez, é formado por Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Serveng-Civilsan, Contern, Cetenco e J. Malucelli. Só as três últimas não são investigadas na Lava Jato.
A Norte Energia foi criada com empresas públicas depois que empreiteiras como a própria Camargo e a Odebrecht desistiram do leilão de Belo Monte por considerarem pequeno o retorno financeiro diante do investimento.
Como ministro das Minas e Energia, Lobão tinha poder de comando sobre as empresas públicas que controlam 49,98% da Norte Energia: Eletrobras, Chesf e Eletronorte.
A Norte Energia, constituída por empresas públicas e fundos de pensão e grupos privados, venceu em 2010 o leilão para fazer Belo Monte, a terceira maior usina hidrelétrica do mundo.
Avancini já adiantou aos procuradores que não foi ele quem pagou o suborno, mas um outro executivo da Camargo, cujo nome ainda não apareceu nas investigações.
A expectativa de delegados da Polícia Federal e procuradores é que este executivo faça acordo de delação e conte mais detalhes sobre a propina.


MARIO CESAR CARVALHO
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Um dos executivos da empreiteira Camargo Corrêa que passou a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato disse a procuradores que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) pediu e recebeu cerca de R$ 10 milhões de propina da empresa em 2011, quando ela foi contratada para participar da construção da usina de Belo Monte.
À época, Lobão era ministro das Minas e Energia do governo de Dilma Rousseff. O nome do então ministro já havia sido citado nas delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Youssef dizia na carceragem da PF em Curitiba que Lobão era o “chefe” do esquema de desvios na Petrobras, segundo advogados ouvidos pela Folha.
O advogado do ex-ministro, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que “palavra de delator tem credibilidade zero” e que irá esperar as provas.
O executivo da Camargo, Dalton Avancini, fez o relato sobre a suposta propina paga a Lobão durante as negociações com procuradores para o acordo de delação. Ele também citou que houve trataiva sobre suborno na contratação da Camargo para fazer a usina atômica Angra 3.
Avancini e o vice-presidente da empreiteira, Eduardo Leite, fecharam um acordo no último dia 27, no qual se comprometem a revelar irregularidades praticadas pela empreiteira em troca de uma pena menor, conforme a Folha revelou.
Os dois estão presos desde meados de novembro sob acusação de pagar suborno a funcionários públicos e políticos para fechar contratos.
O pagamento a Lobão, segundo Avancini, ocorreu em 2011, ano em que a Camargo Corrêa foi contratada pela Norte Energia junto com outras nove empreiteiras para fazer as obras civis da hidrelétrica por R$ 13,8 bilhões. A
parte da Camargo Corrêa no consórcio corresponde a R$ 2,2 bilhões. A usina toda está orçada em R$ 19 bilhões; o valor inclui turbinas e outros equipamentos.
O consórcio, liderado pela Andrade Gutierrez, é formado por Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Serveng-Civilsan, Contern, Cetenco e J. Malucelli. Só as três últimas não são investigadas na Lava Jato.
A Norte Energia foi criada com empresas públicas depois que empreiteiras como a própria Camargo e a Odebrecht desistiram do leilão de Belo Monte por considerarem pequeno o retorno financeiro diante do investimento.
Como ministro das Minas e Energia, Lobão tinha poder de comando sobre as empresas públicas que controlam 49,98% da Norte Energia: Eletrobras, Chesf e Eletronorte.
A Norte Energia, constituída por empresas públicas e fundos de pensão e grupos privados, venceu em 2010 o leilão para fazer Belo Monte, a terceira maior usina hidrelétrica do mundo.
Avancini já adiantou aos procuradores que não foi ele quem pagou o suborno, mas um outro executivo da Camargo, cujo nome ainda não apareceu nas investigações.
A expectativa de delegados da Polícia Federal e procuradores é que este executivo faça acordo de delação e conte mais detalhes sobre a propina.

Um comentário:

  1. Famem confirma encontro com a bancada maranhense em ITZ
    Publicado em 6 de março de 2015 por gilbertoleda
    famemPrefeitos e prefeitas de várias regiões do estado irão se reunir este mês, na cidade de Imperatriz, com deputados e senadores que formam a Bancada Maranhense em Brasília.

    O encontro de trabalho acontecerá no próximo dia 27 e está sendo organizado pelo presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), prefeito Gil Cutrim (São José de Ribamar), com o apoio do coordenador da Bancada, deputado Pedro Fernandes (PTB).

    A realização do evento foi definida no mês passado durante reunião entre gestores públicos municipais e membros da Bancada, ocorrida na Câmara Federal.

    Na oportunidade, Gil Cutrim entregou aos deputados e senadores documento contendo proposições de interesse dos municípios e que estão tramitando na Câmara e Senado Federal. O documento elaborado pela FAMEM contém projetos de lei que podem, assim que aprovados, contribuir com o desenvolvimento social e econômico das cidades brasileiras e maranhenses.

    Gil Cutrim explicou que o encontro em Imperatriz faz parte de uma série de reuniões que a entidade municipalista e a Bancada promoverão, ao longo do ano, em várias regiões do estado com o objetivo de estreitar, ainda mais, o canal de diálogo e permitir maior participação dos prefeitos e prefeitas nas discussões.

    Em Imperatriz, serão tratados assuntos de interesse da municipalidade e promovidas palestras e seminários que abordarão temas variados, dentre eles orientações sobre prestações de contas.
    217-PREFEITOS PRESENTES.

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