sexta-feira, 17 de julho de 2015

Flávio Dino considera posição de Eduardo Cunha desbaratada

Comunista participou do Encontro de Governadores do Nordeste nesta sexta-feira, 17.
Comunista participou do Encontro de Governadores do Nordeste nesta sexta-feira, 17.
Efrém Ribeiro, para O Globo
Em reunião dos governadores do Nordeste, que acontece em Teresina, Rui Costa (BA) e Flávio Dino (MA) repercutiram a entrevista do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em que ele anunciou o rompimento com o governo. Dino (PCdoB) declarou estar preocupado com a evolução da crise política aprofundada com as declarações de Cunha. O governador disse estar apreensivo com a evolução da atual conjuntura e acha necessário que os governadores do Nordeste mostrem sua preocupação com essa situação.
– Devemos separar a agenda da polícia, do Ministério Público e da Justiça da agenda da política porque está ocorrendo uma confusão generalizada dos gênios da política e da polícia e que, atravessando o próximo semestre deste ano, vai causar uma inviabilização institucional. Nós temos um ponto de convergência que é a defesa de um conceito, deixando de lado as divergências políticas e ideológicas, superando as questões que é a defesa constitucional do mandato da presidente Dilma e do vice-presidente Michel Temer, por que isso responde ao debate – declarou Flávio Dino.
O governador do Maranhão considerou as posições do deputado Eduardo Cunha como desbaratada, assim como as propostas de golpe militar que surgem no debate político.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que a pregação de que existe no Brasil uma crise política e pedido de golpe está afastado da realidade cotidiana do povo brasileiro. Em relação à entrevista de Eduardo Cunha, Rui Costa declarou que é preciso dialogar, mas não com os que querem afundar o país, e sim com o povo brasileiro.
– Essa é a melhor forma de apresentar uma agenda que é do cotidiano do povo, por isso, eu acho que o governo federal precisa de imediato criar uma nova agenda submetendo a justiça aqueles que cometeram erros mas que tenham amplos diretos de defesas e possam ser julgados por eventuais erros – falou Rui Costa.
Ele disse que as investigações da Operação Lava-Jato e a punição dos responsáveis pelos atos de corrupção têm que ser levadas adiante, mas não é possível paralisar o país.
– O colapso do país, a quebra da constitucionalidade, a quebra do respeito ao voto, que é a base da democracia, pode ir para o colapso e para uma crise sem perspectiva, sem solução, que o país com certeza nunca tenha vivido vivido, ou apenas vivido só no período da ditadura militar quando isso não interessa aos homens de bom senso e homens e mulheres que amam este país – declarou Rui Costa.
As declarações de Flávio Dino e Rui Costa foram feitas durante a reunião dos governadores do Nordeste em Teresina, realizada nesta sexta-feira. Estavam presentes os governadores Wellington Dias (Piauí), Paulo Carneiro (Pernambuco), Camilo Santana (Ceará), Ricardo Coutinho (Paraíba), Renan Calheiros Filho (Alagoas), vice-governador Robson Farias que está em exercício do governo do Rio Grande do Norte e o Belivaldo Chagas que está substituindo o governador de Sergipe.

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