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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sexo, dinheiro e poder teriam levado o Papa a renunciar

O conteúdo do relatório sobre o escândalo conhecido como Vatileaks, entregue ao Papa Bento XVI em dezembro passado, teria sido devastador, a ponto de levar à renúncia do Pontífice, segundo o "La Repubblica". De acordo com o jornal italiano, ao abandonar o cargo, o Papa pretendia possibilitar a entrada de um líder mais jovem e forte para fazer uma limpeza no Vaticano.
O dossiê de 300 páginas, contendo a investigação completa sobre o vazamento de documentos secretos da Santa Sé, revelaria disputas de poder, relações homossexuais e mau uso de dinheiro.
"La Repubblica" afirma que Bento XVI teria decidido neste dia que deveria se demitir. "O dossiê será entregue ao próximo Papa, que deverá ser mais forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que espera", diz o jornal.
"Tudo gira em torno da observação do sexto e sétimo mandamento", afirmou o jornal, citando uma pessoa muito próxima a um dos autores do relatório. "Não cometerás atos impuros", proclama o sexto mandamento, "Não furtarás", diz o sétimo.
O jornal lembra que já em 2010 teria vindo à tona um escândalo que mostrou a existência de seminaristas que se prostituíam, de um membro do coro do Vaticano que atuava como cafetão. A história tinha como protagonista Angelo Balducci, o presidente do Conselho Nacional Italiano de Obras Públicas, que teve seu telefone interceptado por suspeita de corrupção.
Durante a investigação, foi descoberto que Balducci conversava com frequência com um membro do coro da Reverenda Capela Musical da Sacrosanta Basílica Papal de São Pedro no Vaticano -um nigeriano chamado Chinedu Thiomas Eheim - que oferecia serviços sexuais com jovens.
"Só te falo que tem dois metros de altura, pesa 97 quilos, tem 33 anos e é completamente ativo", disse o membro do coro vaticano a Balducci em uma das conversas interceptadas.
Os encontros sexuais, segundo assegura "La Repubblica" citando a investigação judicial, aconteceram em uma vila fora de Roma, em uma sauna, em um centro estético, no próprio Vaticano e em uma residência universitária que seria a casa de Marco Simeon em Roma, um jovem de 33 anos que acumulou um enorme poder à sombra da cúpula de São Pedro.
O jornal "La Repubblica" fala da possível existência de um "lobby gay" dentro do Vaticano, "uma rede transversal unida pela orientação sexual". Segundo a publicação, pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada, lida em voz alta no apartamento do Papa. E pela primeira vez se falou, ainda que em latim, da palavra "influentiam" (chantagem), lembra a reportagem, fazendo referência às conclusões finais do documento exposto ao Papa.

Fonte: Diário de Pernambuco / Via Hermes Fernandes.
blog do Fernando Teixeira

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