Doleiro
Youssef foi preso em São Luís, no mês de março, enquanto transportava
R$ 1,4 milhão em propina numa mala preta, destinada à governadora
Roseana Sarney.
Preso pela Operação Lava Jato da Polícia
Federal e alvo de ações que o acusam de uma série de crimes, o doleiro
Alberto Youssef vai fazer uma “confissão total dos fatos” nos
depoimentos que prestará nos próximos dias, segundo o seu advogado,
Antonio Figueiredo Basto. Youssef será ouvido a partir de um acordo de
delação premiada, na qual diz o que sabe aos investigadores em troca de
redução da pena. Esse acordo precisa ser aprovado pela Justiça, algo que
ainda não ocorreu. “Acordo de colaboração pressupõe a confissão
integral dos fatos, responder todos os fatos que for perguntado, a
responsabilidade em colaborar com a Justiça”, afirmou o advogado do
doleiro em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “As outras pessoas
(apontadas por Youssef) vão ter o direito de se defender”, ressaltou
Basto.
Deflagrada em março deste ano, a Lava
Jato desbaratou um esquema de lavagem de cerca de 10 bilhões de reais
liderado por Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
O ex-executivo da estatal já firmou um acordo de delação premiada em
que revelou esquema de propina e desvios da estatal para políticos e
partidos – inclusive a campanha de Dilma em 2010, conforme revelou a
edição de VEJA desta semana. As investigações da PF apontam que o
doleiro, assim como Costa, tinha contato com vários políticos, como a
governadora Roseana Sarney (PMDB), o ministro de Minas e Energia Edison
Lobão (PMDB) e o oligarca maranhense José Sarney (PMDB).
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