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domingo, 21 de setembro de 2014

Os maranhenses que dormem para passar a fome são destaques em jornal espanhol

 Antonilson dos Santos, 23, Maria Eliane Ribeiro da Silva, 22, e os filhos Lucas (esq.), Ludmila, Bruna e Luan (no colo da mãe), que não haviam se cadastrado no Bolsa Família por falta de documentos. / ALEX ALMEIDA
Antonilson dos Santos, 23, Maria Eliane Ribeiro da Silva, 22, e os filhos Lucas (esq.), Ludmila, Bruna e Luan (no colo da mãe), que não haviam se cadastrado no Bolsa Família por falta de documentos. / ALEX ALMEIDA
por Garrone
Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão,  foi o município escolhido pelo jornal espanhol El País para exemplificar, em matéria especial publicada neste domingo em seu site, os brasileiros extremamente pobres que ainda não recebem o Bolsa Família.No município, seis de cada dez pessoas vive na pobreza, sendo que quatro delas estão em famílias cuja renda per capta não chega a 70 reais, e são consideradas extremamente pobres.O jornal espanhol conta as históras de famílias que passam dias à base de uma papa feita de farinhas e água, de jovens que se prostituem e da luta diária pela sobrevivência, onde muitas das vezes a única maneira de passar a fome é dormir.Casos como o de Sara de Jesus Lima, 23 anos, e sua família que sobrevive do pouco dinheiro que o marido recebe na roça e da ajuda de vizinhos. “Não são poucos os dias em que todos passam fome ou comem apenas uma papa de farinha com água ou mingau de arroz”, relata a repórter Talita Bedinelli, que testemunhou a grande tragédia maranhense.A família de Sara mora em uma casa de barro, com teto de palha, mobiliada apenas por duas redes, um colchão de casal apoiado em pedaços de madeira e a geladeira. O banheiro, uma estrutura aberta cercada de palha, fica nos fundos do terreno, e não passa de um buraco no chão.mãe de Sara, terezinha de Jesus Lima, que não sabe a própria idade, e mora ao lado dá a receita para passar a fome:- Tem dias que o velho (o marido, de 67 anos) pergunta: ‘Minha velha, o que vamos comer hoje? Eu falo: ‘Meu velho, é só dormir que a fome passa. E esperar amanhã por Deus”.
É esse o Maranhão rico de Sarney!

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