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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Tuntum: Tema prepara demonstração de força política no lançamento de José Reinaldo ao Senado



Tema Cunha prepara lançamento de José Reinaldo
Tema Cunha prepara lançamento de José Reinaldo
Por Ribamar Correa -  “1º Encontro da Gratidão”. É assim que está batizado o evento que será realizado neste sábado em Tuntum e no qual o deputado federal José Reinaldo Tavares, em vias de deixar o PSB, lançará sua candidatura ao Senado da República. O ato político está sendo organizado e será comandado pelo prefeito tuntuense Cleomar Tema Cunha (PSB), que também preside a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) e é o principal articulador do projeto eleitoral do ex-governador do Estado. Especulações que circularam ontem no meio político previram que pelo menos metade dos 217 prefeitos de todas as correntes políticas, assim como vereadores, deputados estaduais e federais desembarcarão em Tuntum para, juntamente com secretários de Estado – entre ele Márcio Jerry, o influente presidente do PCdoB e articulador político maior do governador Flávio Dino (PCdoB) – turbinar a largada de José Reinaldo Tavares em direção ao Senado na eleição do ano que vem.
O ato programado para Tuntum é emblemático, não apenas porque servirá de ponto de partida para consolidar definitivamente o projeto senatorial do ex-governador, mas também porque demonstrará aos segmentos de oposição – a começar pelo Grupo Sarney – que o movimento liderado pelo governador Flávio Dino está se articulando com a disposição de quem irá para as urnas para ganhar as eleições, de cabo a rabo. Além do mais, o evento será também mais uma demonstração de prestígio político do prefeito Tema Cunha, que vem crescendo fortemente como líder eficiente e agregador do municipalismo maranhense e como um dos mais importantes articuladores políticos do estado nos tempos atuais, que poderá inclusive vir a ser candidato a vice-governador na chapa do governador Flávio Dino.
A mobilização em torno projeto senatorial de José Reinaldo Tavares é justificada pelo presidente da Famem como um movimento de reconhecimento por tudo que o político que foi 11 vezes secretário de Estado, presidente da Novacap, diretor geral do DNOCS, superintendente da Sudene, ministro dos Transportes, deputado federal, vice-governador e Governador do Estado fez pelo Maranhão – daí chamar-se “Encontro da Gratidão”. Tema Cunha estima que no meio político, mesmo entre adversários, a grande maioria das lideranças avalia como justa a pretensão do ex-governador, primeiro por se tratar de um político experiente, que em 2006 sacrificou uma candidatura ao Senado para manter-se à frente do Governo até o fim e assim garantir suporte político à vitoriosa candidatura do ex-governador Jackson Lago (PDT).
José Reinaldo entra na briga por uma das vagas do Senado porque também considera justo programar o encerramento da sua carreira pública como um dos três representantes maranhenses na Câmara Alta do Congresso Nacional. E além das razões de foro pessoal, o ex-governador, se eleito, levará para ali uma indiscutivelmente valiosa experiência política, como também uma bagagem incontestável no que diz respeito às relações com todas as esferas do Poder Público. O ex-governador é, portanto, um quadro bem mais qualificado do que a maioria dos atuais senadores, e que pode perfeitamente prestar bons serviços ao Maranhão e ao País. E com o detalhe já lembrado de que essa é a sua última oportunidade.
A festa política em Tuntum será, de fato, um evento relevante para todo o processo político-partidário que já está em curso e que desembocará nas urnas em outubro do ano que vem, quando, além do presidente da República, terá como ponto alto o confronto eleitoral direto para o Palácio dos Leões, e que, tudo indica, será travado entre o governador Flávio Dino e a governadora Roseana Sarney (PMDB) e em cujo contexto os candidatos a senador terão papel secundário, mas de extrema importância para os aspirantes aos Leões.
É fato que o meio político aguarda com forte expectativa os acontecimentos previstos para a praça central de Tuntum na noite de sábado. E muitos trabalham com a seguinte leitura: o sucesso do evento com certeza turbinará o projeto senatorial; já o fracasso funcionará como sinal de alerta vermelho com a recomendação de que o projeto terá de ser revisto, o mais rapidamente possível candidatura do ex-governador.

PONTO & CONTRAPONTO


Caso o aluguel de sala pode ser mais uma nódoa na biografia de Edison Lobão

Edison Lobão terá de explicsr aluguel em prédio fechado
Edison Lobão terá de explicar aluguel em prédio fechado
Não bastassem as várias acusações a que responde em diferentes inquéritos da Operação Lava Jato, nos quais é tratado como personagem de proa nos esquemas de corrupção que infelicitaram a Petrobras, a Usina Nuclear de Angra III e na construção e gestão de sistemas hidrelétricos de produção de energia, agora o senador Edison Lobão (PMDB) é acusado de usar verba de R$ 14 mil do Senado – a que tem direito, é bom que se diga – para pagar, desde 2011 o aluguel de um prédio que seria seu escritório em São Luís e que pertenceria à família do seu advogado, Ruy Villas Boas. Somados os gastos até aqui, lá se foram R$ 760 mil. Até aí, por mais afrontoso que seja o fato em si, dá para entender. Mas a informação complementar segundo a qual o consumo mensal de energia do prédio é inferior a R$ 60,00, revelando que ele simplesmente não estava sendo usado, muda completamente a figura do quadro, porque produz de cara a suspeita de que algo muito errado está acontecendo e bancado com dinheiro público no que deveria estar funcionando como um escritório de representação do senador Edison Lobão em São Luís. E pelo que está posto, tudo começou quando o suplente do senador, Lobão Filho (PMDB) assumiu o mandado do pai por uma temporada. Não se sabe ainda qual a explicação para mais esse caso, que pode se transformar numa nova nódoa na biografia do senador Edison Lobão, que já foi reconhecido como um dos políticos mais bem sucedidos do Maranhão, mas que no momento vive o pior momento da sua trajetória, ainda que exibindo força partidária como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o cargo  mais importante do Senado depois da presidência da Casa.

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