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quarta-feira, 4 de março de 2020

Disputa em São Luís tem quadro de pré-candidatos com nomes de peso e candidatos a figurante


Eduardo Braide: Rubens Júnior, Duarte Júnior, Bira do Pindaré, Jeisael Marx, Detinha, Yglésio Moisés, Neto Evangelista, Franklin Douglas, Adriano Sarney, Carlos Madeira e Wellington do Curso: pesos e cacifes diferentes na corrida de fundo ao Palácio de la Ravardière

As águas de março chegaram trazendo um cenário quase definido para a guerra pela Prefeitura de São Luís. À exceção de PDT, DEM, MDB, PSDB, PSL e PT, praticamente todas as agremiações já têm pré-candidatos, seja saídos dos próprios quadros, seja por alianças. PCdoB, Progressistas, Democracia Cristã, Cidadania e PTB estão fechados com Rubens Júnior, Podemos e PSC somam com Eduardo Braide, PSB se mobiliza por Bira do Pindaré, Republicanos acolheu de Duarte Júnior, Rede já embala Jeisael Marx, PROS deu a vaga a Yglésio Moisés, Solidariedade tenta viabilizar Carlos Madeira, PV se move com Adriano Sarney, PSOL incentiva Franklin Douglas e PSTU já carimbou Saulo Arcangeli. Dos partidos ainda sem definição clara, o DEM tem engatilhado Neto Evangelista, o PSDB conta com Wellington do Curso –  podendo, no entanto, tomar outro rumo –, e o PT, se resolver entrar na disputa para valer, poderá lançar Zé Inácio ou Zé Carlos. Nesse mosaico de muitas cores, os únicos partidos grandes que não lançaram pré-candidatos próprios são o PDT e o MDB, numa contradição surpreendente, se levado em conta o fato de serem agremiações fortes na Capital. Mergulhado em crise, o PSL desistiu de lançar o ex-prefeito Tadeu Palácio e vai somar numa coligação qualquer.
Todos os aspectos evidenciados até agora indicam que esse quadro de pré-candidatos será mantido até as convenções, já que não existem outros nomes ensaiando participação nesse embate politicamente crucial. Assim, já é possível fazer suposições acerca do roteiro dessa corrida, uma vez que os nomes relacionados reúnem cacifes diferenciados, o que permite observar quem está, de fato, no jogo, e quem dele só participa como figuração.
Todos os sinais indicam que a aliança PCdoB-PP-DC-Cidadania, que pode incluir ainda o PTB, se forma como a mais forte, dando ao governista Rubens Júnior enorme poder de fogo político e, com isso, potencial para transformar esse cacife em votos, consolidando-o como pré-candidato de um grupo. A aliança do Podemos com o PSC em torno de Eduardo Braide gera algum cacife, mas não o suficiente para embalar o pré-candidato com a força que ele vai precisar, ou seja, ele terá de produzir os seus resultados, já que não representa um grupo. O mesmo ocorre com o Republicanos em torno de Duarte Júnior, cuja força eleitoral independe de partido, e com Detinha, que tem sob seu comando o PL, os agregados Avante e o Patriotas, E com Neto Evangelista, se vier mesmo, como está rascunhado, a ser o candidato da forte aliança DEM-PDT. E com base no consenso segundo o qual chegar à prefeitura de São Luís é obra de grupo, o pré-candidato governista poderá reunir nos próximos três meses o suporte necessário para ser o adversário do favorito segundo as pesquisas feitas até agora.
No caso de Bira do Pindaré, ele dispõe do apoio integral do PSB, que tem base eleitoral considerável na Capital, mas seu desempenho nessa disputa dependerá da soma dos esforços do partido e do candidato. Assim será também a caminhada de Jeisael Marx, que tem na Rede um suporte entusiasmado, que motiva e injeta ânimo na garra do pré-candidato, ajudando-o a ganhar espaço ao longo da pré-campanha e da campanha em si. Essa equação deve modelar a ação dos demais pré-candidatos, que terão de se desdobrar para mostrar que podem chegar onde pretendem apoiados por partidos fracos. Eles terão de superar tal deficiência se estiverem mesmo dispostos a brigar pelo comando da maior cidade do Maranhão. Nesse time se inserem Franklin Douglas, que terá o apoio integral do PSOL, e Saulo Arcangeli, que conta com a minúscula, mas muito aguerrida, militância do PSTU.
Nesse contexto de visíveis diferenças entre os candidatos no que diz respeito a suporte partidário, situação complicada vivem Carlos Madeira, que não tem base alguma e representa um partido igualmente sem lastro sólido, e Adriano Sarney, que conta com o apoio das correntes sarneysistas e encabeçará a chapa de um partido igualmente inexpressivo. Finalmente, a situação nada confortável do tucano Wellington do Curso, que detém um respeitável lastro eleitoral, mas não tem o amparo do seu próprio partido.
A imprevisibilidade da política, principalmente em vésperas eleitorais, recomenda que o quadro só seja considerado definido com a chegada do céu azul de maio. Do Ribamar Corrêa

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