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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Bolsonaro sai em defesa de Moro: ‘normal é conversa com doleiro?’


(Foto: Andre Coelho/Folhapress)
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) quebrou o silêncio e minimizou nesta quinta-feira (13) os efeitos do vazamento de mensagens do ministro Sergio Moro (Justiça) nas quais ele troca colaborações com o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato.
“O que ele [Moro] fez não tem preço. Ele realmente botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção”, disse o presidente após evento no Palácio do Planalto. 
“A Petrobras quase quebrou, fundos de pensão quebraram, o próprio BNDES —eu falei há pouco aqui [no evento]— nessa época R$ 400 bilhões e pouco entregues para companheiros comunistas e amigos do rei aqui dentro”, completou Bolsonaro sobre o legado do ministro da Justiça e ex-juiz federal.
Bolsonaro disse ainda que Moro “faz parte da história do Brasil” e afirmou que as provas contra o ex-presidente Lula, preso após investigação da Lava Jato, não foram forjadas.
Ele ainda questionou a veracidade da troca de mensagens publicada pelo site The Intercept Brasil no último domingo (9). E disse que, se suas conversas privadas vieram a público, ele também será criticado.
“Se vazar o meu [celular] aqui, tem muita brincadeira que eu faço com colegas ali que vão me chamar de novo de tudo aquilo que me chamavam durante a campanha. Houve uma quebra criminosa, uma invasão criminosa, se é que […] está sendo vazado é verdadeiro ou não.”
Ao ser questionado se considera normal que um juiz e um procurador conversem sobre uma investigação em curso, devolveu a pergunta sobre se o normal é “conversar com doleiros”.
“Normal é conversa com doleiro, com bandidos, com corruptos, isso é normal? Nós estamos unidos do lado de cá para derrotar isso daí. Ninguém forjou provas nesta questão do Lula.”
Bolsonaro ainda comentou sobre ter ido ao estádio Mané Garrincha, um dia antes, ao lado de Moro, onde assistiram a partida entre CSA e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro.
“Olha só, ontem foi o Dia dos Namorados. Em vez de eu chegar em casa e dar um presente para a minha esposa, eu dei um beijo nela. Não é muito melhor? Eu dei um beijo hétero no nosso querido Sergio Moro. Dois beijos héteros”, disse.

Bolsonaro ainda se comparou ao presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) ao contar que foi aplaudido. “Fomos aplaudidos, coisa que só acontecia lá trás, quando o Médici ia ao Maracanã”, afirmou

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