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quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Acusado de bater em mulher, Bolsonaro zera orçamento de políticas de combate á violência

 


Revelações de ex-aliado de Bolsonaro, nesta terça (8), envolvem denúncia de violência doméstica de Jair contra a esposa, Michelle Bolsonaro. Não é a primeira vez que o ainda presidente é acusado de agredir mulheres. Quando deputado, em um programa de TV, Bolsonaro inclusive admitiu que bate em mulher. Essa violência se traduziu também no desmonte das políticas públicas para mulheres que aconteceu em seu governo: cortes de mais de 90% no orçamento das principais políticas, e nenhuma previsão orçamentária para o combate à violência contra as mulheres em 2022 e 2023. Por que será?

O candidato derrotado, ao longo de sua campanha, tentou enganar o povo brasileiro se vendendo como alguém dedicado à família e respeitoso para com as mulheres. No entanto, o histórico de agressões de Bolsonaro às mulheres sempre foi longo e de conhecimento público. Ele nunca fez questão de esconder seu machismo e sua misoginia.

Bolsonaro praticamente zerou o orçamento de 2023 para 47 políticas públicas para mulheres, o que inclui verba para creches e educação infantil (corte de 97,5% em relação a 2022). Jair cortou em 99,6% os subsídios para projetos de interesse social em áreas ruais. Não há nenhuma previsão orçamentária para Políticas de Igualdade e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres

Vale lembrar também que a obrigatoriedade da elaboração do Orçamento Mulher foi incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias em 2021 pelo Congresso Nacional. Bolsonaro vetou dizendo que isso “contraria o interesse público”, mas os parlamentares derrubaram o veto presidencial.

Relembre as agressões de Bolsonaro a mulheres, que incluem pelo menos dois casos de agressão física (admitidos por ele) e inúmeros comportamentos desrespeitosos e ofensivos contra jornalistas e parlamentares no exercício de suas funções.

Murro e ameaças

O comportamento agressivo e ameaçador de Bolsonaro vem de muito tempo. Episódios ocorridos há muitos anos ajudam a compreender a formação do caráter do homem que hoje governa o país. Durante campanha eleitoral para se reeleger deputado federal, em 1998, Bolsonaro esmurrou por trás a cabeça de Conceição Aparecida, então funcionária da Planajur, empresa de consultoria jurídica que prestava serviços para o Exército. Conceição discutiu com uma apoiadora de Bolsonaro e acabou esmurrada pelo então deputado. Na época, o Jornal do Brasil noticiou a agressão, e o próprio Bolsonaro admitiu ao jornal ter cometido a violência.

Bolsonaro bate em mulher

Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, e mãe do quarto filho do presidente, Jair Renan, também foi vítima de ameaça. Em 2011, a Embaixada do Brasil na Noruega entrou em contato com Ana Cristina para questionar porque ela havia se mudado para o país europeu com o filho, então adolescente, sem uma autorização expressa do pai. Ela, então, disse que havia sido ameaçada de morte por Bolsonaro e questionou se poderia pedir asilo na Noruega. A afirmação de Ana Cristina foi registrada em uma comunicação diplomática e noticiada por diferentes jornais, como a Folha de S. Paulo e o Correio Braziliense.

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