A
deputada Cleide Coutinho (PSB) ocupou a tribuna da Assembléia
Legislativa nesta segunda-feira (21), para rebater falsas denúncias
publicadas no Jornal O Estado do Maranhão, dizendo que o ex-prefeito
Humberto Coutinho (PDT) teria fraudado licitações e desviado recursos do
Ministério dos Esportes, destinados para a construção de obras em
Caxias.
Na
próxima sexta-feira (25) os ginásios cobertos e os campos de futebol
serão inaugurados e contará com a presença do presidente da Embratur,
Flávio Dino e varias outras autoridades.
O
Ministro de Esporte, Aldo Rebelo não poderá ir por causa de problemas
de sua agenda ministerial. Vale ressaltar que tanto o Ministro quanto
Flávio Dino, são os principais responsáveis pela liberação dos recursos
federais para a construção dessas importantes obras em Caxias.
A
parlamentar convidou os deputados para participarem dessas
inaugurações, ocasião em que disse: “Já existe um ginásio poliesportivo
no povoado Nazaré do Bruno e no último dia 13, inauguramos outro no
povoado Engenho d’Água. No futuro, também será inaugurado o ginásio
poliesportivo outro no povoado Brejinho.
Quanto
às piscinas semi olímpicas já estão sendo concluídas e referiu a
existência em Caxias de uma pista de atletismo (única do interior do
Maranhão) e mais uma vez reafirmou que essas obras são oriundas de
recursos aprovados com ajuda do ex- deputado federal Flavio Dino.
Para
Cleide, o mais curioso é que a matéria acaba elogiando o ex-deputado
federal e pré-candidato ao governo do Estado, Flávio Dino, quando o
texto da matéria diz: “O Ministério comandado pelo Partido Comunista do
Brasil, que tem como canal de influência o presidente da EMBRATUR,
Flávio Dino, contemplou Caxias com 14 convênios”, o que engrandece o
trabalho do ex-deputado federal. A deputada disse que Caxias agradece a
divulgação feita pela mídia do jornal O Estado pois comprova que isso
fortalece os trabalhos executados.
Em
relação ao processo de licitação, que a matéria insinua que não existiu,
Cleide Coutinho esclareceu que a Caixa Econômica Federal é seria,
responsável, rigorosa e só libera os recursos federais aos municípios
depois que o edital de licitação é publicado no Diário Oficial da União e
no Diário Oficial do Estado.
O que fazer para melhorar o IDH?Publicado em 09/ago/2013
ResponderExcluirPor Flávio Dino
Realizei mais um diálogo pela internet com centenas de pessoas, contando com a especial participação de blogueiros do nosso estado. Foi uma experiência muito enriquecedora, em que pudemos conversar por horas a respeito da atual situação do Maranhão. É sempre bom escutar e trocar ideias com a população, e para mim é uma grande oportunidade de aprendizado. Um dos principais temas debatidos foi o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, divulgado na última segunda-feira pelo IPEA, órgão do governo federal, por intermédio do excelente Atlas do Desenvolvimento Humano.
Dói na alma ver mais uma vez que o Maranhão, tão belo e rico, não consegue garantir condições dignas de vida para povo que nele vive, por conta de um modelo que se apropria e desvia os recursos públicos para o proveito de uma minoria de privilegiados e protegidos.
O Índice de Desenvolvimento Humano do Maranhão segue em penúltimo lugar no Brasil, com 0,639, praticamente empatado com Alagoas (0,631), e atrás de todos os nossos vizinhos. Para se ter uma ideia, o primeiro lugar é o Distrito Federal com 0,824. Em renda, o Maranhão fica em último lugar, com índice de 0,612. A mortalidade infantil no Brasil é de 16 por mil, enquanto no Maranhão é de 28 por mil. Das 100 cidades com pior IDH do Brasil, 20 são do Maranhão. Das 100 cidades com melhor IDH, nenhuma é maranhense. Aqui poderia preencher todo o espaço reservado a este artigo com uma sequência interminável, indecente e inaceitável de números que traduzem a situação de pobreza do Maranhão, se comparado ao restante do país.
Após uma década de Bolsa Família, a extrema pobreza caiu no país e, hoje, atinge 6% dos brasileiros. No Maranhão, apesar de todos os recursos para combate à pobreza, das políticas de transferência de renda e do aumento do salário mínimo – todas políticas federais –, 22% da população vive em extrema pobreza! Ou seja, um em cada cinco maranhenses sobrevive com menos de R$ 70 por mês! É inacreditável que os poucos que se beneficiam da situação não cheguem a se incomodar ao saber que o sistema que mantêm provoca tanta miséria.
E o que fazer? A resposta está no terreno da política. Vejamos o exemplo de nosso vizinho Ceará, que nas últimas três décadas já trocou de comando político por várias vezes. Pois vejamos os resultados. Durante toda a ditadura militar até o fim dos anos 80, o Ceará foi governado por uma oligarquia dos “coronéis”. Em 1991, ocupava o 4º lugar do IDH do Nordeste. Agora, depois de vivenciar a salutar alternância no poder, o Ceará ocupa o 2º melhor posto do Nordeste.
Enquanto isso, e o Maranhão? Pois nós continuamos ocupando, de 1991 até hoje, a penúltima posição. Não do Nordeste, mas do Brasil! O que acontece de tão diferente 250 quilômetros a leste de nosso estado? O solo cearense é mais fértil? Os empresários são mais competentes? As pessoas trabalham mais? As paisagens são mais inspiradoras? Não!
O que aconteceu com o Ceará é que as mudanças políticas no estado mexeram com a qualidade do governo. Naturalmente, um grupo político quer fazer melhor do que o outro, gerando mais resultados concretos para a população. No Maranhão, desde o começo da ditadura militar, o mesmo grupo permanece no poder. O resultado do imobilismo na política é traduzido matematicamente por nossa estagnação nas últimas posições do IDH nacional.
Por tudo isso, defendo a mudança e a renovação política no Maranhão. Não tenho nenhum ódio pessoal ou rancor em relação ao passado, apenas acredito que precisamos virar essa página. O convite que faço é para que olhemos para o futuro, com confiança e esperança. Dias melhores virão.
Flávio Dino, 45 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal