Em meio a 'seca', chuva e carro pipa tem sido a salvação da população

O socorro tem vindo do céu e de quatro rodas para a população desabastecida de água pela CAEMA que há décadas vem massacrando impiedosamente a população tuntuense com a pobre política de gerenciamento do Governo do Estado perante o órgão estatal. É a aquela velha história, não faz e nem deixa ninguém fazer.

A correria diária tem sido grande em vários pontos da cidade com donas de casa e pais de famílias madrugando em locais onde a água ainda chega. O sofrimento das comunidades atingidas passou a ser amenizado com a chegada do período chuvoso que propicia o armazenamento diário da água que cai do céu bondosamente. Mas com ela o consumo se restringe, sendo útil especificamente para lavar e fazer outras pequenas atividades domésticas, com exceção, beber e cozinhar.

Diante da carência o socorro principal tem sido os caminhões pipas, que com eficiência percorrem durante todo dia os locais mais necessitados. A água não é tratada, mas mesmo assim é de melhor qualidade, apanhada diretamente dos poços artesianos. A distribuição é feita sem distinção, basta entrar na fila e colocar o balde ou a vasilha, alguns enchem até a caixa d'água que já fica na porta a espera do caminhão passar.

O abastecimento de água em Tuntum nunca tinha passado por um momento tão difícil e duradouro, há bairros, como o da Piçarra, que já vai fazer um ano sem água e sem solução. As denuncias, segundo o gerente de abastecimento, Marcelo Kennedy, são diárias. "Eles vem aqui diariamente pedir providências, mas nós só fazemos o que podemos", explicou Kennedy.

A história da presença da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, em Tuntum, nunca foi positiva, mas sim de desatenção e descaso com suas reais obrigações. O período mais confortável que a população presenciou com o abastecimento foram os saudosos anos de 1998 a 2006 quando os ex-prefeitos Pires Léda e Cleomar Tema "desestatizaram" a Companhia nesse período e fizeram bons investimentos com a perfuração de poços artesianos, aquisição de bombas e uma presente equipe de manutenção. A intervenção custou caro para os cofres do município que não teve nenhum retorno financeiro, já que o consumo não era cobrado. Lamentavelmente, desses anos ficaram só saudade!