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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Professores voltam ás ruas e cobram mais de 7,5 milhões de abono do prefeito Fernando Pessoa


Tuntum voltou a registrar hoje mais um dia de manifestação dos professores contra a gestão do prefeito Fernando Pessoa, que resiste em não pagar mais de R$ 7,5 milhões de abono cobrado e comprovado pelos profissionais de educação do município, que são sobras do exercício 2021.  


O movimento desenvolvido está definido como uma paralisação das atividades letivas, oportunidade em que todo corpo profissional de educadores envolvidos cruzam os braços como advertência em face da situação que está sendo imposta pela gestão em não honrar o compromisso de repassar o que pertence ao professor. 

A concentração, que culminou com uma caminhada, se iniciou na praça São Francisco de Assis, havendo uma explanação dos líderes sindicais do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Tuntum (SINDSERT) e Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Maranhão (FETRACSE), momento em que foi abordado a legalidade do movimento e de suas reivindicações, constituídas de provas matérias, como as folhas de pagamento fornecidas pela Prefeitura e Tribunal de Contas do Estado (TCE). 

O professor Leno Carlos, presidente do Sindsert, oportunamente rebateu de forma eloquente as críticas feitas pelo prefeito Fernando Pessoa quando chamou os professores de baderneiros. 

"Alguém já gravou vídeo chamando alguém da gestão de baderneiros? De quebrador de coisas? De bagunceiro? De tocador de fogo nas coisas? Nem de velhaco? Nós exigimos o respeito, porque nós respeitamos. (...) E mais uma vez eu digo, nós não estamos atrás do que é de ninguém. Nós só estamos atrás do que é nosso", afirmou. 


O presidente munido de informações de que a gestão poderá usar de arbitrariedade para retaliar os servidores que aderiram a paralisação para lutar pelos seus direitos, advertiu: "Se houver penalização é abuso de poder, abuso de poder. Porque nós temos direito de paralisar nossas atividades", pontuou. 

Os professores se deslocaram da Praça São Francisco apoiados por um carro de som, e foram até o prédio da prefeitura onde ocuparam sua entrada, momento em que cantaram em tom de protesto contra o tratamento que estão recebendo da gestão de Fernando Pessoa.  


A tesoureira do Sindsert, professora Aurileide expôs seu pensamento sobre o impasse que vive a categoria, além de destacar o alto valor devido aos professores, sintetizando, também, a possível coação que os servidores estão sofrendo por conta gestão. "Oito milhões faz muita diferença gente quando é pra ser dividido entre os seus respectivos donos. Os respectivos donos aqui estão representando os outros que ficaram em casa. (...) Não estamos aqui á toa, agora não é para a gestão fazer coação com o servidor, com o professor", destacou.


Já o presente da Fetracse, Jelilson Gonçalves, foi mais duro nas suas palavras, afirmando que caso não haja um consenso sobre o pagamento, medidas duras seriam tomadas para defender a categoria. "Nós vamos ao Tribunal de Contas da União e justiça federal, porque se trata de verba federal, vamos fazer representação no Tribunal de Contas do Estado e também na Controladoria Geral da União contra a gestão municipal. (...) O município deve o abono para os professores e por que você não paga esse dinheiro, prefeito? Por que você não se posiciona e diz que dia vai pagar esse dinheiro? 


Antes da conclusão da manifestação e caminhada em direção a sede do Sindsert, o vice-presidente da Fetracse, Valmir Carlos Araújo Jr. ressaltou que tudo que o prefeito vem fazendo em favor da educação é uma obrigação, já que o dinheiro vem para isso. "O gestor colocou nas redes sociais, embora licenciado, todas as coisas que vem fazendo na educação, importantíssimo o que ele vem fazendo pra educação, é obrigačão de um gestor e vem recurso pra isso. Agora não pode pegar e fazer nada, botar um ventilador, um ar condicionado, pintar o colégio com o dinheiro do salário dos professores", disse. 


Durante a manifestação, os líderes deixaram claro que continuam abertos ao diálogo, mas chegará um momento em que outro caminho deverá ser tomado, caso as legítimas reivindicações não sejam atendidas. O ato de paralisação foi encerrado na sede do sindicado com uma palestra da líder sindical Marleide Barnabé, que se prontificou em cooperar com a categoria.

 


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