Governador Flávio Dino em visita à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vinhais |
Diante da artilharia de oposicionistas e de movimentos de funcionários contra a privatização da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), o governador Flávio Dino disse que a estatal não será entregue à iniciativa privada. As afirmações do governador foram feitas nas redes sociais nesta quarta-feira (25).
“Volto a esclarecer que, no meu mandato, não haverá privatização da CAEMA. Ao contrário, temos vigoroso programa de investimentos em curso”, disse o governador.
Sobre o edital de pré-qualificação de consórcios que vão participar de leilões das empresas de Saneamento, feitos pelos BNDES, ele disse que são apenas estudos técnicos, excluindo-se a possibilidade de privatização da Companhia.
“O BNDES consultou-nos sobre o seu desejo de fazer estudos técnicos e sugerir eventuais caminhos para aumentar serviços de saneamento. No futuro, iremos debater esses estudos técnicos, desde logo excluindo hipótese de privatização da CAEMA, como já reiterei diversas vezes”, acrescentou.
Para ele, não teria lógica nem ponderação impedir estudos técnicos que serão feitos por instituição importante e séria, no caso o BNDES.
Garantiu também que o governo está investindo para aumentar a eficiência da empresa na prestação de serviços à população.
“Estamos investindo na CAEMA para que tenha maior eficiência e consiga prestar serviços de mais qualidade. É o que a população precisa muito. O que não abrimos mão é de buscar ampliação do saneamento, e estamos usando todos os caminhos para isso. Nosso foco é a população”, finalizou.
Movimento de funcionários
Preocupados com a suposta privatização - aqui descartada pelo governador - funcionários da Caema realizam, na quinta-feira (2), às 19h, na Asserca, uma plenária popular para discutir a situação da Companhia.
A preocupação reside no fato de o governo Temer estar estimulando os governadores a aderirem ao plano de desestatização de empresas de saneamento, financiado pelo BNDES.
Os detalhes do andamento das privatizações de oito empresas de saneamento, incluindo a Caema, foram publicados no Jornal O Globo, no último dia 14 (leia aqui).
Essa plenária seria uma boa oportunidade para o governo enviar um representante e explicar a situação aos trabalhadores da Caema.
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