segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Em artigo, governador Flávio Dino destaca justiça e dignidade


“Aos poucos, estamos conseguindo transformar em melhoria de vida as riquezas que o Maranhão produz, evitando que elas se percam na concentração nas mãos de poucos, que é o maior problema brasileiro: a obscena desigualdade”, diz o governador
Natal da Fraternidade
Por Flávio Dino

Nesses 4 anos de governo, que agora se encerram, procurei sempre plantar sementes de solidariedade com o próximo, valor cada vez menos cultivado nos dias de hoje, em que para alguns impera o “cada um por si”.

Neste Natal, a que mais uma vez chegamos, temos tempo para reflexão sobre nossos valores. Em um ano em que se pregou tanto a intolerância com os diferentes e a indiferença com os mais pobres é essencial olharmos o exemplo de Cristo. Em várias passagens da Bíblia, Jesus pregou para pessoas discriminadas e agredidas moralmente e até fisicamente.

Perguntando pelos seus discípulos sobre qual era o maior dos mandamentos, Jesus respondeu que toda a Lei divina baseava-se em dois fundamentos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo” (Mateus, 22). Ensinamento que o Papa Francisco traduz como “os verdadeiros tesouros da vida: Deus e o próximo.” O Papa nos convida a “subir até Deus e descer até os irmãos: eis a rota indicada por Jesus”.

Solidariedade, justiça e paz são valores que coexistem em harmonia no cristianismo. Daí a sapiência das palavras bíblicas quando o profeta Isaías (32,16) lembra que “o direito habitará no deserto e a justiça viverá no campo fértil”. Ou seja, mesmo no deserto, onde não há nada, há de caber a cada um o que lhe é de direito. E no campo, onde há fartura, os frutos devem ser distribuídos de forma justa. Pois “o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz” (Tiago 3,18).

No meu cotidiano, busco fazer dessa fé a inspiração maior para minha vivência. Trabalho todos os dias para construir um Maranhão melhor, com justiça e dignidade que garantam os direitos de todos, especialmente dos que menos têm. A construção dessa nova realidade é árdua, pois partimos de um patamar muito baixo, fruto de décadas de egoísmo presidindo o poder político.

Aos poucos, estamos conseguindo transformar em melhoria de vida as riquezas que o Maranhão produz, evitando que elas se percam na concentração nas mãos de poucos, que é o maior problema brasileiro: a obscena desigualdade. Essa é a herança anticristã sobre a qual devemos meditar e orar. E contra a qual devemos lutar, para encontrar a paz.

Neste final de ano, olhando para trás, tenho profunda gratidão, em primeiro lugar a Deus. Mas também sou muito grato a todos que me deram a alegria de governar o nosso Estado por 4 anos. E que agora renovaram as suas confianças. Agradeço aos que me ajudam nessa tarefa cotidiana, especialmente à equipe de governo e aos milhares de servidores públicos.

Feliz Natal a todos.

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