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quinta-feira, 18 de maio de 2023

MÁFIA DOS RESULTADOS: Veja o que os ex-jogadores do Sampaio disseram em depoimento ao MP

 



O Ministério Público de Goiás (MPGO) colheu depoimento de pelo menos 16 jogadores acusados e citados no decorrer das investigações de manipulação de resultados de jogos de futebol. Os atletas falaram sobre terem recebido até R$ 200 mil por penalidade e promessa de mudança de vida. Outros, afirmaram não conhecer Bruno Lopez, acusado de chefiar o esquema, ou sequer terem recebido ofertas para fraudes.

Os jogadores denunciados vão responder pelo artigo 41-D do Estatuto do Torcedor: Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição esportiva nos seguintes jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022.

  • Anderson Jordan da Silva Cordeiro: testemunha
  • André Luiz Guimarães Siqueira Júnior: acusado
  • Gabriel Domingos de Moura: acusado
  • Lucas Baptista Félix: testemunha
  • Marcos Vinicius Alves Barreira (Romário): acusado
  • Mateus Da Silva Duarte: acusado
  • Joseph Mauricio de Oliveira Figueredo: acusado
  • Allan Godoi Santos: acusado
  • Matheus Francisco Inácio: não está entre os denunciados, mas o nome é citado no processo
  • Matheus Henrique De Souza Carvalho: não está entre os denunciados, mas o nome é citado no processo
  • Osmane Washington Viana: não está entre os denunciados, mas o nome é citado no processo
  • Paulo Sérgio Marques Correia: acusado
  • Riquelme Sousa Silva: testemunha
  • Van Basty Sousa e Silva: testemunha
  • Willian Prado Camargo: testemunha
  • Jean Francisco Martim Cândido: testemunha

André Luiz Guimarães Siqueira Júnior



Ao Ministério Público, o jogador comentou sobre uma partida de futebol que aconteceu entre os times Sampaio Corrêa e Londrina, onde um pênalti foi marcado durante a partida. O jogador ainda afirmou não ter tido nada “anormal” neste jogo.

O atleta falou que chegou a participar do início da jogada, mas que “recolheu o corpo por não saber se estava dentro da área para evitar cometer falta ou pênalti”. O jogador contou que o pênalti que aconteceu durante o jogo foi marcado por Mateusinho, mas negou ter ficado sabendo de qualquer tipo de procura para “encomenda” desse pênalti.

André ainda comentou sobre um grupo de WhatsApp que ele fazia parte com outros jogadores do Sampaio Corrêa e afirmou que esse grupo teria sido criado para “jogos online de Playstation e pôquer”.

Atleta profissional desde 2013, André Queixo atualmente joga no Ituano, em São Paulo. Ele já passou pelo Ponte Preta e pelo Sampaio Corrêa.


Mateus Da Silva Duarte


O jogador do Cuiabá que em 2022 atuou no Sampaio Corrêa afirmou não ter ouvido conversas sobre manipulação de resultados de jogos. Além disso, disse que não conhece nenhum dos suspeitos de envolvimento no esquema, como Bruno Lopez e sua esposa, Camila Motta, o jogador Romário ou o atleta Gabriel Domingos. Também pontuou nunca ter ouvido falar da empresa de Bruno, a BC Sports Management.



Allan Godoi Santos


Allan contou que é jogador profissional no Sampaio Corrêa e conhece Mateusinho porque jogaram juntos no clube. O zagueiro contou que em uma partida contra o Londrina, não foi procurado por ninguém para cometer alguma infração e que Mateusinho teve um pênalti, mas ele achou normal e dentro das regras do jogo.

Sobre André Queixo, ele contou que já jogaram juntos, mas não conversaram sobre as apostas. A mesma afirmação foi feita em relação aos atletas Ygor Catatau e Paulo Sérgio.

Em relação a um grupo de WhatsApp em que cinco jogadores falavam sobre “receber dinheiro e ter feito o serviço”, Allan disse que ele foi criado para “jogar videogame” e falar sobre apostas em dois sites. O atleta disse que não lembra de conversas sobre pênalti no jogo do Vila Nova.

Referente a uma frase sobre “esperar dinheiro cair”, dita no grupo, o jogador respondeu ao MPGO que era sobre uma aposta que os jogadores fizeram no site. Em todo o depoimento, Allan reforçou que os grupos no WhatsApp eram referentes a apostas legais e análises de jogos.

O MPGO questionou Allan sobre uma aposta de Victor Talamini, sobre pedidos de números de jogadores e sobre Matheus dizer que tomaria gol no primeiro chute, tudo citado no grupo do WhatsApp. O jogador disse que não se lembra de nada relacionado.


Paulo Sérgio Marques Correia


O atleta profissional contou ao Ministério Público que atualmente joga no clube Operário, de Ponta Grossa, no Paraná. No entanto, ele atuou no Sampaio Corrêa na época da partida investigada contra o Londrina, mas afirmou não ter participado do jogo, tendo ficado no banco.

O jogador diz ter ficado surpreso quando soube do envolvimento de Mateus da Silva Duarte, conhecido como Mateusinho, com quem jogou junto no Sampaio e em um clube de pôquer, devido ao desempenho dele no campeonato de futebol. Ele ainda disse não ter sido procurado por ninguém para falar de apostas na partida.

Quanto ao clube de pôquer, o atleta justificou que os participantes jogam com o “Brasil inteiro” e que, com certa frequência, devido aos jogos, entram valores de R$ 2 mil ou R$ 3 mil em sua conta bancária. Ele ainda justificou que nunca teve contato com o acusado de chefiar o esquema de manipulação de jogos, Bruno Lopez.

Junto com Mateusinho e outros dois jogadores, o atleta fala sobre a existência de um grupo de WhatsApp onde os jogadores falavam sobre jogos de pôquer e futebol e de um outro grupo onde o assunto “sempre era sobre jogo de futebol”.


Fonte: G1

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