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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

INSEGURANÇA: Superlotação e fragilidade da cadeia de Tuntum pode provocar fuga em massa



             Em conversa com o titular do blog, um dos carcereiros que trabalha na delegacia de polícia de Tuntum, onde se encontra 19 presos, afirmou que teme uma fuga em massa a qualquer momento já que as duas únicas celas não oferecem segurança. A cadeia pública de Tuntum foi construída entre as décadas de 1960 e 1970 e de lá pra cá poucas reformas sofreu, a última, por exemplo, ocorreu há quase 10 anos.

                O temor dos carcereiros não é somente em razão da fragilidade física do prédio que está quase em ruínas, mas devido a superlotação de detentos de media e alta periculosidade transferidos do Complexo Prisional de Presidente Dutra que no momento passa por reformas. Ao todo vieram da cidade vizinha 22 presos, três já foram soltos por determinação da justiça, o restante está agudando o seu pronunciamento comprimidos em duas celas de pouco mais de 20 metros quadrados.

                A determinação para a transferência dos presos partiu da Delegacia Regional de Presidente Dutra, que até então só encaminhava por medida de segurança a cadeia de Tuntum menores infratores e mulheres. O investigador Iderlan Alves Pereira que vem fazendo a função de delegado do município e de Santa Filomena  informou que o promotor de justiça já esteve na delegacia e não gostou do que viu, podendo tomar providências para fazer a redistribuição dos presos entre as delegacias da região.
Iderlan Alves Pereira

                Os detentos, na sua maioria, se mostram contentes com o novo ‘habitat’, já que na Delegacia Regional os espaços eram mais reduzidos. Eles dizem que não vão fugir por mais que seja tentador aproveitar a fragilidade das duas celas. ‘Eu só saio pela porta da frente, na última fuga eu participei e no outro dia saiu o meu alvará de soltura, me prenderam de novo e eu estou aqui há 7 meses, foi o pior azar pra mim”, disse um deles que não quis se identificar.
Cadeado (pequeno) mesmo com defeito ainda é usado

                Temeroso o  investigador informou que ao receber os detentos comunicou de imediato a justiça e a Secretaria de Segurança Pública. Sobre a precariedade de toda estrutura do prédio, ele informou que esteve pessoalmente com o superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Jair Paiva, que prometeu tomar providências no sentido de reformar a delegacia ou construir uma nova.
Parede dos fundos de uma das celas
                O correto seria construir uma nova, já que as instalações do atual prédio está sendo corroído pelo desgaste do tempo. No seu interior é visível a situação de abandono com paredes se deteriorando por causa do excesso de umidade, o que facilita uma fuga por meio de uma simples escavação.
Forro do gabinete do delegado

 Na última fuga ocorrida, há alguns anos, os presos abriram um buraco na parede com uma colher e fugiram tranquilamente. O investigador diz que vem fazendo de tudo para manter a ordem no interior das celas e evitar uma possível fuga. “Eu fico preocupado com essa quantidade de presos dentro de duas celas que oferecem pouca segurança, inclusive, estou fazendo quase tudo que eles pedem, comprei ontem mesmo uma mangueira que eles pediram para tomar banho, tudo pra agradar e evitar o pior”, disse.

O Governo do Estado há cerca de 8 anos deu inicio a construção de um prédio onde funcionaria as instalações da nova delegacia, mas até agora não se sabe os motivos da interrupção da obra e se algum dia ela será retomada.    
                   


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