BRASÍLIA — A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que limita a
atuação do Ministério Público, foi rejeitada na noite desta terça-feira
na Câmara dos Deputados por 430 votos “não”, contra 9 votos“sim”, e
duas abstenções.
Havia uma tendência de que a votação fosse adiada
para o próximo semestre, mas as manifestações contra a PEC 37 fizeram
os parlamentares mudarem de opinião e votassem nesta terça-feira. Por
volta das 21h10m, todos os partidos já haviam instruído seus
correligionários para a votação da PEC. Todos encaminharam pela rejeição
da proposta.
— Durante mais de 30 dias, as partes tentaram, mas
não se chegou a um acordo. Por não ter sido possível um acordo, vamos
votar, e na minha opinião vamos derrotar — afirmou Alves, antes do
resultado.
Mais
cedo, o vice-líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), disse que
já havia uma tendência para incluir a PEC na pauta, para derrotar.
—
O recado das ruas foi que a representação tem de ter sintonia com os
representados, então temos de buscar essa sintonia — disse Duarte
Nogueira. — A tendência é majoritária (agora) é para votar a PEC 37
ainda hoje para tentar derrubar.
Líderes do PT e do PP foram contra a votação, mas foram votos vencidos.
Henrique
Alves se reuniu na manhã de hoje com líderes para definir a pauta de
votação. Mais cedo, ele recebeu em sua residência oficial alguns líderes
para discutir os projetos. Entre as propostas discutidas também estavam
o projeto de divisão do royalties, que destina 100% dos royalties para
Educação, e o Fundo de Participação dos Estados, que já foi aprovado no
Senado.
A Câmara corre contra o tempo para dar uma resposta à
sociedade. Segundo os líderes, a disposição é levar as votações noite a
dentro nesta terça-feira. Como amanhã tem jogo entre Brasil e Uruguai,
pela Copa das Confederações, o quórum deve ser esvaziado.
Ainda bem que essa PEC foi derrotada.
ResponderExcluirNão poderia deixar de, mais uma vez, abordar o premeditado assassinato do meu irmão Marcelo Oliveira Cavalcante, ex-assessor da ex-governadora Yeda Crusius do RS, que por sinal foi vergonhosamente “investigado”, tanto pela Polícia Civil do DF, quanto pelo Ministério Público do DF.
No assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, a investigação da Polícia Civil de SP chegou à conclusão de crime comum, diferente da investigação do Ministério Público de SP, que chegou à conclusão de um covarde e premeditado crime político. Hoje, passados mais de 10 anos da morte do ex-prefeito Celso Daniel, o caso ainda é lembrado e suscitado pela mídia, principalmente, devido a conclusões divergentes das investigações.
Mesmo eu sofrendo na própria pele, com o vergonhoso e descabido desfecho de suicídio da morte do meu irmão, que, sem dúvida, macula a imagem do Ministério Público do DF e também da Polícia Civil do DF, já que, em uma “estranha sintonia”, ambos conseguiram transformar o premeditado assassinato do Marcelo em suicídio comum, preferi defender a tese de que as investigações não deveriam ficar apenas a cargo da polícia, mas também a cargo do Ministério Público, já que em alguns casos, interferências políticas poderiam acabar modificando a verdade.
Apesar de todos os governos falarem que as polícias são de estado e não de governo, não é o que se vê, muitas vezes, na prática, hoje, no Brasil. A única coisa que, sinceramente, espero é que essa injustiça ocorrida na “investigação“ da morte do Marcelo, em plena capital do Brasil, não caia na vala do esquecimento e, que, em breve, a verdade venha à tona e os responsáveis sejam devidamente identificados e punidos.
Marcos Cavalcante, irmão de Marcelo