Documento apreendido dia 14 de novembro e juntado aos autos da Lava Jato cita Sarney e até o vice presidente Michel Temer.
Planilhas apreendidas pela Polícia 
Federal na sede da empreiteira Camargo Correa, em São Paulo, contêm 
nomes de políticos como o ex-senador José Sarney (PMDB) e 
o vice-presidente Michel Temer (PMDB) ao lado de valores em dólares e de
 obras de infraestrutura estimadas também na moeda estrangeira.
São feitas duas menções ao nome de Temer no documento, cada uma seguida pelo valor de US$ 40 mil.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Temer negou qualquer vínculo com a empreiteira.
Segundo a assessoria do vice presidente, ele nunca recebeu recursos da Camargo Corrêa “a qualquer título”.
Segundo a assessoria do vice presidente, ele nunca recebeu recursos da Camargo Corrêa “a qualquer título”.
Ainda de acordo com os assessores do 
vice-presidente, Temer nunca destinou emendas para obras em Araçatuba e 
nem para obras rodoviárias em Praia Grande.
Araçatuba e Praia Grande, municípios 
paulistas, são cidades que aparecem ao lado do nome do vice presidente 
nas planilhas apreendidas pela Polícia Federal na sede da empreiteira, 
ao lado também dos valores de US$ 40 mil.
Na mesma tabela, constam nomes de outros deputados, senadores e prefeitos.
A PF não faz nenhuma análise sobre o 
documento porque os políticos mencionados detêm foro privilegiado 
perante os tribunais superiores – no caso dos parlamentares, o Supremo 
Tribunal Federal (STF) detém competência exclusiva para abrir 
investigação. Sem autorização da Corte, a PF não pode investigar 
deputado nem senador.
A PF apenas juntou aos autos da Operação
 Lava Jato o documento apreendido na empreiteira, que é alvo da 
investigação por suspeita de ter integrado o cartel que assumiu o 
controle dos maiores contratos da Petrobrás.
Não há nenhuma menção nas planilhas 
encontradas na empreiteira a um suposto caixa 2 ou pagamento de 
propinas. São nomes lançados ao lado de valores.
Na apreensão, a PF também encontrou 
planilhas que apontam doações que teriam sido feitas pela empresa a 
políticos do PT, PSDB, PMDB, DEM e PDT nas eleições de 2012.
Os nomes dos políticos aparecem em 
tabelas, organizadas por partidos. Os políticos citados nas planilhas 
vem acompanhados por números isolados.
A primeira tabela é reservada aos políticos do PT.
O material foi apreendido pela polícia 
durante o cumprimento de um dos mandados de busca da Operação Lava Jato,
 que investiga um esquema de corrupção na Petrobrás envolvendo políticos
 e empreiteiras.
O criminalista Celso Vilardi, 
constituído pela Camargo Corrêa, disse que não iria comentar o documento
 apreendido pela PF porque não teve acesso a ele.
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário