O sucesso não ocorre por acaso, ele é
advindo de uma grande somatória de esforços e muita resignação pela meta que se
deseja alcançar ao longo do tempo projetado. Assim vem se desenhando ao longo
de anos a árdua caminhada do músico Misael Teixeira para alcançar os frutos do seu trabalho profissional, hoje
reconhecido pela crítica como bem sucedido.
A história aguerrida da maior
expressão da música regional, no momento, se coincide com a de grandes nomes
que alcançaram o ápice da fama e se notabilizaram como fenômeno depois da
tamanha persistência a procura de espaços em um cenário extremamente competitivo,
em que só sobrevive quem tem um DNA da inquietude da realização.
O talento acústico do tuntuense é fruto
do dom Divino da vontade de vencer aliado ao apoio de seus pais, principais incentivadores.
Os primeiros passos que vieram despertar sua perseverança nasceram na pequena
Banda Aconchego do Pagode, um projeto social criado em Tuntum para ensinar
músicas aos jovens desassistidos socialmente.
A parada do nosso artista nesse projeto o fez
deslumbrar no seu consciente um horizonte de cores e luzes. Interessado e sentindo-se
cativado, Mizael viu a necessidade de aproximação com elementos do gênero,
jovens que também inspiravam o mesmo desejo, foi aí que conheceu a banda Limite
do Samba fazendo uma rápida passagem como instrumentista. No grupo, conheceu o
talentoso tecladista Thiago Nunes, com quem sonhou e em seguida criaram a banda
Forró Cristal. Sua estada na banda foi o trampolim necessário para receber os
primeiros aplausos, agora como vocalista. Com ela gravaram algumas canções que
marcavam por onde passavam, como: muda de ideia; depois das seis; por amor e
outras.
Alimentado pelos sonhos, em uma pausa
da banda, Mizael Teixeira foi conhecer Fortaleza e ver de perto como funcionava
a estratégia das grandes bandas de forró do Brasil. Naquela capital participou
de programas de Tv ( Tv Diário), onde se saiu muito bem, sendo visto ao vivo em
todo país. Querendo mergulhar mais e mais em águas profundas, se inscreveu no
concurso a Nova Voz do Mastruz com Leite, mas infelizmente perdeu, talvez
aquela que seria a maior de todas as oportunidades de sua vida. Na data de sua
apresentação o cantor recebia a notícia do falecimento de sua avó.
Mas sua visita a Fortaleza não foi em
vão, Mizael aproveitou a oportunidade e participou de trabalhos com grandes
artistas e bandas lhe proporcionando um grande aprendizado, tornando-o mais
experiente. Com as mudanças dos estilos musicais que ocorre comumente no
Brasil, ele teve que buscar uma readaptação daquilo que o público queria ouvir,
deixou de lado o ritmo da sanfona e abraçou romanticamente o Sertanejo
Universitário e o Arrocha, como diz ele, uma mudança de 180 graus. Se já estava
bom, melhor ficou ainda, Mizael Teixeira encontrou sua melhor identidade musical,
canta solto e leve, é um artista renovado de alma, voz e ritmo, assim diz seu
público.

Voar mais alto fora do regionalismo
faz parte de sua plataforma de tralho, agora com mais cautela e com os pés nos
chão, consciente de que os degraus da longa escada são íngremes dificultando a
subida, que, às vezes, por um deslize provoca um grande tropeço, contudo é
preciso sonhar para descortinar a ilusão e penetrar fundo na realidade, que
mesmo tarde termina batendo em nossa porta pela somatória dos esforços que fizemos
ao longo da caminhada. Seja forte, como tem sido, pois a persistência não é um
sinal dos fracos, mas dos que vencem...
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