Ex-prefeito Luis do Cinema desmente vice-prefeito Zezão e prova que a atual gestão é quem deve mais de 1 milhão em contas de energia

Prefeito Riba Teles e vice-prefeito Zezão

Como já noticiado anteriormente, a cidade de Governador Luiz Rocha, localizada a 428 km de São Luís – MA, vive uma situação bastante complicada no ponto de vista administrativo. O blog do Lobão noticiou em meados do mês de Julho, que a Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) efetuou corte do fornecimento de energia em prédios públicos da administração e poços artesianos, tanto na cidade quanto no interior, em função do acúmulo de débito (faturadas agrupadas) do município, fato que acarretou a suspensão de um serviço essencial que é o fornecimento de água potável.

Luís do Cinema: ex-prefeito desmontou factoide do vice-prefeito Zezão, que tinha como objetivo confundir a população sobre a verdade de toda história 

Após exaustiva cobrança da população, sobretudo nas redes sociais e na Câmara de Vereadores, o fornecimento de água foi restabelecido no dia seguinte à publicação da matéria. No entanto, a Prefeitura Municipal não se posicionou oficialmente sobre o ocorrido, deixando sem explicação a razão da falta de pagamento das referidos débitos com a CEMAR.

Ofício encaminhado por Luís do Cinema à Câmara de Vereadores com o resumo de todas as faturas em atraso

Paralelo a isso, circulou nos grupos de Whatsapp um áudio atribuído ao Sr. José Orlanildo Soares de Oliveira (Zezão) - PSL, que atualmente ocupa o cargo de vice-prefeito daquela cidade, e que foi apresentado em evento público pelo atual prefeito Riba Teles (PP) como seu pré-candidato à sucessão nas eleições de 2020. 

No áudio que foi bastante compartilhado, o vice afirma que os débitos são referentes à gestão anterior e que os mesmos superariam a cifra de 1 milhão de reais. Logo, a afirmação gerou indignação na população, uma vez que todos sabem que o Código de Defesa do Consumidor garante prazo mínimo de 15 dias para que a companhia energética efetue o corte a partir do aviso prévio, mas determina que a CEMAR só poderá efetuá-lo no prazo máximo de 90 dias após o vencimento da conta. Logo, seria impossível que a empresa efetuasse o corte em função de débitos de responsabilidade da gestão anterior.

De pronto, o ex-prefeito de Governador Luiz Rocha, Luis Feitosa da Silva – o Luiz do Cinema, atualmente filiado ao PSB, retrucou por meio do mesmo aplicativo – Whatsapp, classificando Zezão de “mentiroso”, uma vez que as informações ditas pelo atual vice não estariam de acordo com a verdade dos fatos. 

Em embate que se assemelhou aos que os dois políticos já travaram em eleições passadas - onde Cinema sempre levou a melhor, e que pode ser uma prévia da disputa eleitoral de 2020 (já que os dois nomes são apontados como pré-candidatos), o ex-prefeito desafiou Zezão a apresentar as faturas de energia, mas ficou sem resposta por parte do atual Vice.

Na sessão da Câmara Municipal ocorrida nesta terça-feira, 08, a mesa procedeu a leitura de um oficio encaminhado à Casa pelo ex-prefeito Luis do Cinema. O documento reúne um resumo de todas as faturas agrupadas em atraso, tanto as que ficaram empenhadas para o pagamento pela gestão anterior, quanto as faturas referentes ao consumo já na atual gestão. De fato existe um débito de R$ 1.247.793,14 (um milhão e duzentos e quarenta e sete mil e setecentos e noventa e três reais e quatorze centavos), mas de acordo com o mesmo documento que pode ser verificado no portal da CEMAR na web, os débitos são oriundos da atual gestão – provando a versão do ex-prefeito Luis do Cinema.

Vale lembrar que a Prefeitura Municipal parece ter sido mudada definitivamente para a casa do atual prefeito Riba Teles, pois desde a suspensão do fornecimento de energia elétrica do prédio, todos os serviços administrativos foram deslocados para lá. Fato que poderá ensejar um processo de improbidade administrativa, pois fere todos os 5 princípios da administração pública.

Agora é aguardar um posicionamento convincente da gestão, uma vez que os prédios da saúde e educação também apresentam débitos gigantescos que podem acarretar a suspensão total da energia nos prédios públicos da cidade.