quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Procuradora da Lava Jato pede desculpas a Lula por ironizar morte de Marisa




Jornal GGN – A procuradora da República Jerusa Viecili usou o Twitter na noite desta terça (27) para pedir desculpas publicamente a Lula. Ela trocou mensagens no Telegram com outros membros da força-tarefa da Lava Jato, ironizando a morte do neto do ex-presidente, aos 7 anos, em março de 2019.

No Twitter, ela escreveu: “Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula.”

Internautas elogiaram a postura da procuradora, e ressaltaram que a iniciativa confirma que as mensagens divulgadas no dossiê Intercept são verdadeiras, ao contrário do que afirma a Lava Jato e o ministro Sergio Moro, em defesa própria.

O jurista Marcelo Semer comentou: “Correta postura. Parabéns pelo reconhecimento. De quebra, mais uma confirmação da autenticidade das conversas do Intercept. São inúmeras, aliás, e nenhum desmentido concreto.”

A antropóloga e professa de Direito Débora Diniz também elogiou a procuradora: “Procuradora Jerusa, o pedido de desculpas é honroso. A mim, diz muito que seja uma mulher a dar o passo corajoso para a verdade da história. Com sua palavra, a justiça pode ser revista, quem sabe agora, em respeito à legalidade.”

O Intercept Brasil revelou em conjunto com o UOL, nesta terça (27), mensagens de Telegram em que os procuradores de Curitiba debochavam, ironizavam ou faziam ilações sobre as circunstâncias da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

Jerusa apareceu nas conversas em dois momentos. Primeiro, ao compartilhar a notícia da morte do neto de Lula, seguida da mensagem: “Preparem para nova novela ida ao velório.”

Depois, quando os procuradores comentavam sobre a ligação que Gilmar Mendes fez ao petista, durante o velório do menino Arthur, e que teria deixado Lula em prantos, Jerusa acrescentou: “Gilmar não dá ponto sem nó”.

Naquele momento, os procuradores cogitaram que o ministro do Supremo Tribunal Federal acenava à esquerda, para conseguir apoio do Congresso na aprovação de leis que contrariam os interesses da Lava Jato.


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