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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Adeptos do grupo Sarney foram rejeitados; Roseana escapou por pouco

O resultado da eleição proporcional foi trágico para os remanescentes do grupo Sarney que tentaram voltar à vida pública. Não fosse a eleição pelas tabelas da ex-governador Roseana (MDB) que projetou 250 mil votos e foi surpreendida com apenas 97 mil, o que restou do grupo que mandou no Maranhão por quase cinco décadas seria definitivamente varrido do mapa político no estado.

Roseana, após vários apelos do deputado Roberto Costa, uma espécie de porta voz do MDB, e de um grupo de emedebistas para que disputasse o governo ou o Senado, decidiu lançar sua candidatura à Câmara Federal com o argumento de que alcançaria votação elevada, projetada entre 200 e 250 mil votos, o que seria suficiente para elevar a bancada do MDB de dois para até quatro parlamentares, mas a expectativa não vingou e ela quase não elege.

Ao contrário do que projetou, com apenas 97 mil votos conferido a Roseana, a bancada do maranhense do MDB reduziu de dois para um e logo veio a desculpa mais esfarrapada para justificar o desempenho pífio da candidatura: Não tinha dinheiro nem cesta básica. Na realidade Roseana se acostumou fazer política montada na máquina pública e achou que poderia ajudar o MDB só com o nome, sem meter a mão na bolsa; não funcionou.

Quem não ficou nada satisfeito com o fraco desempenho de Roseana foram os deputados Hildo Rocha e João Marcelo, que viam na ex-governadora a possibilidade de renovação dos seus mandatos, foram surpreendidos e ficarão sem mandato a partir de 31 de dezembro. Os dois serão substituídos pela ex-governadora, que antes mesmo de ser diplomada já plantou um factoide sobre a presidência da Câmara.

Além de Hildo e João perderem seus mandatos, Edilázio Júnior, outro nome muito ligado ao clã Sarney, é genro da desembargadora Nelma Sarney, também foi mandado de volta para casa. Edilázio perdeu a eleição para quem ele considerava bucha ao aceita-lo no PSD: o deputado Josivaldo PJ, suplente que se efetivou no mandato com a eleição do então deputado Eduardo Braide para prefeito de São Luís.

Mesmo chamuscada, Roseana ainda conseguiu se livrar e evitar decepção maior, porém Edinho Lobão foi simplesmente triturado nas urnas, saiu esbravejando contra um suposto derrame de dinheiro na campanha para justificar os mirrados 17 mil votos, logo ele que era projetado como favorito para assumir um mandato de deputado federal.

Na esfera estadual, Adriano Sarney decepcionou e o clã ficou sem representante na Assembleia Legislativa, porém o maior fiasco poder ser atribuído ao ex-todo poderoso Ricardo Murad, que tentou voltar à vida pública, mas foi sumariamente rejeitado, obtendo apenas pouco mais de 7 mil votos. E ainda existem aqueles bem próximos  que tentaram voltar, mas foram barrados, a exemplo de Manoel Ribeiro, Chico Coelho, entre outros menos notáveis. DoJorgevieira

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