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domingo, 2 de outubro de 2022

Eleição presidencial será decidida entre Lula e Bolsonaro no 2º turno

 

Bolsonaro e Lula durante debate na TV Globo
Reprodução/TV Globo - 30.09.2022
Bolsonaro e Lula durante debate na TV Globo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), decidirão em 30 de outubro quem irá governar o Brasil a partir de janeiro de 2022. Os dois foram os mais votados neste primeiro turno das eleições 2022 , segundo os dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na noite de hoje.

Lula terminou com 47,84% votos e Bolsonaro, 43,71% após mais de 96% dos votos apurados. Apesar de uma expectativa por parte dos petistas de uma possível vitória no primeiro turno, a eleição será decidida em 30 de outubro. O vencedor irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026.

Bolsonaro começou a apuração em primeiro lugar e com uma vantagem de cerca de sete pontos sobre Lula, mas o petista virou a disputa  e conseguiu terminar em primeiro com uma vantagem de mais de 4 milhões de votos. 

A decepção novamente foi Ciro Gomes (PDT), que terminou em quarto lugar, atrás da senadora Simone Tebet (MDB), uma das surpresas do pleito. Ciro teve 3,06% dos votos e Tebet, 4,26%. Votos brancos somaram 1,60% e nulos, 2,80%.

Desde a redemocratização, essa é a nona eleição . Em todas as vezes, o presidente em exercício que tentou a reeleição terminou eleito. Outro dado histórico. Como apontou o iG , os líderes nas pesquisas sempre terminaram eleitos.

Desde o começo da campanha, em 16 de agosto, Lula aparecia em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais. O ex-presidente conseguiu reunir em sua campanha nomes que eram adversários em eleições passadas, como o seu candidato a vice, Geraldo Alckmin, Marina Silva, e desafetos do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Além deles, Lula teve o apoio do ex-ministro Joaquim Barbosa.

Bolsonaro apostou todas as suas fichas na prorrogação do Auxílio-Brasil e em uma melhora da economia. Na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente usou seu discurso para atacar seu concorrente, como fez nos debates ao chamá-lo de presidiário. Apesar disso, ele nunca conseguiu uma grande recuperação nas pesquisas. Seu discurso contra as urnas e colocando em dúvida o sistema eleitoral tampouco deu resultado para além do seu grupo de seguidores. Os constantes ataques contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes também não surtiram efeito nas urnas.

Centrão se reaproximou de Lula

Dias antes do pleito, lideranças do chamado Centrão estavam pessimistas com as chances de reeleição de Bolsonaro e viram um movimento de reaproximação do ex-presidente Lula . Conforme apuração do iG, mesmo o PP, PL e Republicanos não tinham mais confiança na equipe de Bolsonaro.

Por conta disso, algumas figuras dessas três siglas foram escaladas para afunilar as conversas com a cúpula petista. No início da campanha, as legendas mantiveram um canal com a direção do PT para viabilizar uma participação na base governista em uma eventual gestão de Lula.

O ex-presidente não tem qualquer problema em receber apoios, desde que sigam o seu plano de governo. Ele trabalhará para formar um Centrão B, tendo ao seu lado União Brasil, MDB e PSD.

Para que PP e Republicanos estejam em seu grupo, Lula já sinalizou que as lideranças terão que mudar. O maior objetivo do petista é não ter que negociar com Arthur Lira, presidente da Câmara.

Em relação ao PL, petistas acreditam ser impossível um acordo porque a bancada do partido deverá contar com a presença de muitos bolsonaristas. “O PP e Republicanos terão apoiadores do presidente, mas eles são minoria. Já no PL é diferente. Como negociar com Eduardo Bolsonaro? Impossível”, explica um coordenador da campanha de Lula.

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